15 de dezembro de 2025
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'CORES E VIAS'

Primeiro viaduto ficará pronto em 15 dias e artista revela adrenalina em fazer o projeto

"Muito barulho e ventos fortes", comenta Ton a respeito da sensação de pintar sob um viaduto a 8 metros de altura

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Na tarde desta 4ª feira (26.mai.2021) a equipe da Prefeitura Municipal deu início ao Projeto "Cores e Vias" Reviva Campo Grande, que começa pela pintura do viaduto Senador Italívio Coelho, que fica entre a Av. Ceará e Afonso Pena. 

Com apoio da cooperativa Sicredi, o projeto é realizado através da Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur) e deve estender-se por 10 principais viadutos da cidade, visando revitalizar a Capital. "Será a vez do viaduto Senador Italívio Coelho, localizado entre as avenidas Ceará e Afonso Pena. Ton Barbosa é o artista responsável pela arte no local”, disse o prefeito na ocasião de ontem (26.mai). 

Feliz de inaugurar o projeto, Ton Barbosa comenta que essa primeira obra deve levar cerca de 15 dias para ficar pronta. "Decidi envolver o viaduto com a bandeira da nossa cidade e, já que a nossa Campo Grande foi denominada a Capital das Araras, as aves também estarão na obra”, adianta ele. 

Acostumado com as telas e apesar de ter uma preferência pelo trabalho em estúdio, Ton assumiu a adrenalina de pintar um viaduto e topou o desafio. 

"No conforto do meu estúdio é muito tranquilo. Bem acomodado com meu cavalete. No viaduto trabalho até oito metros de altura, sobre andaimes e plataforma articulada. Com automóveis passando em alta velocidade. Muito barulho e ventos fortes", revela ele sobre a experiência avaliando como positivo ter uma obra dessa dimensão exposta na capital.

Segundo suas diretrizes, o "Cores e Vias" envolve cultura, arte, educação e preservação patrimonial, tudo isso através da valorização das características regional, colorindo o espaço urbano como forma de trazer um bem-estar social e aquela sensação de "aconchego" para com a cidade. 

Secretário de Cultura e Turismo, Max Freitas adianta que cada local irá receber o trabalho de um artista diferente e, apesar de os nove viadutos restantes já estarem definidos, ele revela que os artistas de cada lugar ainda não, já que o recurso empregado nas obras é próprio e de patrocinador. "O patrocinador também tem que ver a marca dele, associada a qual arte, então ele quer escolher quem é o artista, ver a arte, a proposta", diz. 

Com isso, Max Freitas destaca ainda que a Sectur está em busca de parceria com empresas e instituições privadas para auxiliar no financiamento destas obras. "Eu falo muito que a arte é livre. Então a gente apresenta, pede para o artista fazer um projetinho, uma prospecção do projeto e da arte dele e comercializa isso: 'olha, a arte é essa, o artista é esse, qual você quer escolher?'", comenta o secretário.

Até a publicação da matéria a Sectur não havia respondido a solicitação da equipe, com a relação da localização dos demais viadutos.