O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou nesta 4ªfeira (17.dez.25) que o ministro do Turismo, Celso Sabino, deverá deixar o comando da pasta.
No início de dezembro, Sabino foi expulso do União Brasil por ter optado por permanecer no ministério mesmo após a sigla decidir deixar a base governista. A decisão foi formalizada pela executiva nacional da legenda.
Para ocupar o cargo, o União Brasil indicou Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (PB). Ele já atuou como secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba.
A indicação partiu da ala mais alinhada ao governo dentro da bancada do partido, formada por cerca de 20 a 22 deputados. O grupo inclui o ex-ministro Juscelino Filho, o líder Pedro Lucas Fernandes e o próprio Damião Feliciano, com aval do presidente da sigla, Antônio de Rueda.
O afastamento do União Brasil do governo foi decidido em setembro e teve como foco principal Celso Sabino. A legenda manteve, naquele momento, filiados sem mandato que ocupam cargos em estatais.
No fim de novembro, o Conselho de Ética recomendou a expulsão do ministro e a dissolução do diretório do Pará, então presidido por Sabino. A medida também determinou a criação de uma comissão provisória no lugar.
Após a decisão, Sabino se manifestou nas redes sociais e afirmou que foi punido por continuar no governo e por atuar em favor do Pará. No pronunciamento, agradeceu aliados e reforçou sua pré-candidatura ao Senado em 2026.
O desgaste entre o ministro e o partido se intensificou após a divulgação de denúncias envolvendo o presidente da legenda, Antônio de Rueda, relacionadas à suposta propriedade de aeronaves operadas pelo PCC, acusações que ele nega.
Setores do União Brasil atribuíram influência do Palácio do Planalto na publicação da reportagem, o que levou a direção do partido a orientar a saída de filiados que ocupavam cargos no governo federal.
Mesmo sob pressão, Sabino articulou sua permanência no ministério, apostando na participação do governo na COP30, conferência da ONU prevista para ocorrer no Pará. O evento era considerado estratégico para sua projeção política.
Apesar das negociações, a direção partidária manteve a decisão e condicionou sua permanência na sigla à saída do ministério, o que acabou resultando em seu desligamento.











