29 de março de 2024
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Depoimento de João Amorim ao MPE durou menos de 30 minutos

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O empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos prestou depoimento aos promotores do MPE (Ministério Público Estadual) no início da tarde desta quinta-feira (12).

Amorim chegou em viatura da Polícia Civil, escoltado por policiais, mas não conversou imprensa. Segundo informações apuradas pelo MS Notícias, o depoimento durou menos de 30 minutos.

O advogado de Amorim, Benedito de Figueiredo, respondeu algumas perguntas da imprensa no MPE, e voltou a criticar prisão do empresário. Segundo Benedito, o fato de João Amorim ainda não ter conseguido habeas corpus é consequência do "estado policialesco" que se transformou Mato Grosso do Sul. Por telefone, ao MS Notícias, Benedito admitiu que prefere não dar mais detalhes sobre processo por correr em sigilo e evitou comentar se defesa cogita recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) diante da demora do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) em emitir decisão sobre pedido de habeas corpus. 

Amorim foi preso na terça-feira (10) pela manhã por decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, na noite de segunda-feira (9). O prazo de prisão é de cinco dias e termina sábado (14). A decisão é referente à investigação relativa à licitação que ensejou o contrato executado pela Proteco Construções Ltda para executar obras de recuperação da MS-228, em Corumbá. As obras, segundo MPE, não foram executadas, porém, a Proteco recebeu valor integral do contrato. O prejuízo estimado pelo MPE é de R$ 2,9 milhões. 

Engenheiro

Nesta tarde, também prestou depoimento engenheiro Wilson Roberto Mariano de Oliveira, responsável pela medição das obras. Ele é apontado pelo MPE por ter fraudado medições para beneficiar Proteco. Seu advogado, Hilário Carlos de Oliveira, disse que seu cliente fez todas medições corretas e informou que não tentará benefício do habeas corpus.