14 de dezembro de 2025
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Gaeco não encontrou nenhuma prova contra prefeito, diz advogado de Olarte

Segundo advogado, não há prova material que aponte envolvimento do prefeito em denúncia de corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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O advogado do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) veio a público hoje público hoje apresentar a defesa do prefeito em relação à ação judicial movida contra ele e mais duas pessoas pelo MPE (Ministério Público Estadual) pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo o advogado Jamil Benites Azambuja, não há nenhuma prova contra o prefeito, pois não existe materialidade de nenhuma das acusações. Jamil explicou que de fato Olarte e Ronam Feitosa, um dos acusados na ação, trabalharam juntos, Ronam era assessor de gabinete de Olarte quando ele era vice-prefeito. Além de Ronam, Luiz Feliciano também é acusado.

Conforme o advogado, em meados de junho de 2013, logo que Robam foi descoberto por Olarte trocando cheques com agiotas de Campo Grande em nome dele, o assessor pediu exoneração e foi embora da Capital, e por isso, o prefeito não tomou nenhuma providência contra ex-assessor.

Nessa época, Olarte pediu ajuda ao amigo Rodrigo Pimentel, filho de desembargador Sideni Soncini Pimentel, para "tomar pé das coisas e ver o que estava acontecendo". No entanto, o advogado do prefeito garante que não foram encontradas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) nenhuma prova contra Olarte e que por isso a acusação do MPE contra ele é infundada.

Azambuja explicou que a defesa do prefeito aguarda o parecer do TJMS se manifestando se aceita ou não a ação, mas antecipou que caso seja aberto processo contra Olarte, o prefeito irá recorrer, pois todo inquérito do Gaeco foi baseado em denúncias do ex-prefeito casado Alcides Bernal (PP) e não há no inquérito nenhuma prova concreta que possa incriminar Olarte.

O advogado também anunciou que já solicitou ao Gaeco o vídeo gravado durante diligência na casa do prefeito no dia 11 de abril de 2014, mas foi informado que o material foi extraviado. Ainda segundo Azambuja, nenhuma das ligações telefônicas interceptadas pelo Gaeco durante investigação apontam provas contra Olarte, mas registram conversas de pessoas ligadas ao primeiro escalão do governo do Estado.