O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou um procedimento administrativo para fiscalizar a transição de governo no município de Bandeirantes, que realizou eleições suplementares no último domingo (6.jul.25), tendo Celso Abrantes (PSD) eleito prefeito com 53,9% dos votos. A medida foi publicada nesta 6ª feira (11.jul.25) e estabelece uma série de prazos para que a atual gestão forneça informações detalhadas sobre contratos, finanças, convênios e a estrutura administrativa do município.
A ação, segundo o promotor de Justiça Gustavo Henrique Bertocco de Souza, visa garantir que a mudança de gestão ocorra de forma transparente, organizada e sem comprometer a continuidade de serviços essenciais como saúde, educação, transporte escolar e coleta de lixo.
Na prática, a Promotoria cobra que o atual prefeito, interino até a posse do eleito, crie em até cinco dias uma Comissão de Transição, conforme previsto na Constituição Estadual e na Lei Orgânica do município. Também foi requisitada, no prazo de 10 dias, uma série de documentos, como contratos vigentes, saldos bancários, folha de pessoal, inventário patrimonial e relação de convênios com os governos estadual e federal.
A portaria ainda determina o levantamento de todas as pendências da administração municipal junto ao MP, incluindo ações judiciais, Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), recomendações e inquéritos em andamento.
ELEIÇÕES
O ex-vereador e empresário Celso Abrantes (PSD) foi eleito prefeito de Bandeirantes no domingo (6.jul.25), durante eleição suplementar realizada após a anulação do resultado das eleições de 2024. Ele recebeu 2.486 votos, o equivalente a 53,9% dos votos válidos. A chapa tem como vice Marinho Serpa (PL).
Abrantes superou Tatiane Miyasato (MDB), que obteve 1.856 votos (40,24%), e Flávio Paiva (DC), com 270 votos (5,85%). A eleição foi coordenada pela 34ª Zona Eleitoral e transcorreu de forma tranquila, segundo a Justiça Eleitoral.
Ao todo, foram apurados 4.735 votos, sendo 4.612 válidos, 76 nulos e 47 em branco. A diplomação dos eleitos deve ocorrer até o dia 29 de julho, e a posse está prevista para 1º de agosto.
A nova eleição foi convocada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a inelegibilidade de Álvaro Urt (PSDB), que havia sido o mais votado no pleito anterior, mas concorreu sub judice. Urt teve a candidatura indeferida devido a uma condenação relacionada à sua gestão como prefeito, tornando-se inelegível até 2028.
Desde a decisão judicial, o município vinha sendo administrado interinamente pelo presidente da Câmara Municipal, Marcelo Abdo.











