Jair Bolsonaro foi preso preventivamente neste sábado (22.nov.2025) em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida não representa o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses pela tentativa de golpe de Estado, mas deixa claro que o ex-presidente não está acima da lei.
A prisão ocorreu por volta das 6h, após Bolsonaro tentar quebrar a tornozeleira eletrônica e acumular meses de prisão domiciliar. Ele foi levado para uma sala especial na Superintendência da Polícia Federal, espaço reservado a ex-presidentes e autoridades de alto escalão. A Polícia Federal executou a ordem do STF de forma rigorosa, demonstrando que nem status nem simbolismos intimidam a Justiça.
Enquanto isso, a reação da família Bolsonaro continuou a operar no território do simbólico. Flávio Bolsonaro, o filho 01, convocou uma manifestação mascarada de 'vigília' em frente à casa do pai na noite anterior, afirmando que orações poderiam proteger a saúde do ex-presidente. A PF considerou o ato um risco à ordem pública — e não é difícil perceber por quê: retórica de fé e espetáculo político não detêm a lei.
A defesa de Bolsonaro havia solicitado na 6ª feira (21.nov.25) que a prisão fosse convertida para domiciliar humanitária, alegando múltiplas comorbidades do ex-presidente. O pedido não foi aceito. A Justiça mostrou que nem orações, nem supostas fragilidades médicas, nem o palco midiático familiar alteram a responsabilização do réu.
E quanto à ex-primeira dama Michelle Bolsonaro? Quando o marido era conduzido à Superintendência da PF, ela não estava em Brasília para acompanhar ou apoiar presencialmente. Michelle havia chegado a Fortaleza na 6ª feira (21.nov), onde se encontrou com lideranças femininas do Partido Liberal e participaria do Encontro Nacional do PL Mulher. Com a prisão de Bolsonaro, cancelou o evento e anunciou retorno à capital federal.
Ela chegou fazer uma oração online nos stories do Instagram com o Salmo 121 foi, portanto, e depois publicou um texto mais longo em que menciona que "confia em Deus" para livrar Bolsonaro da cadeia. V
“Confio na Justiça e Deus. A justiça humana, como temos visto, já não se sustenta... Mas sei que o Senhor dará o Escape, assim como fez em 2018, quando meu marido foi vítima de uma facada, planejada para matá-lo, por um ex-militante psolista”, escreveu Michelle, em menção ao atentado contra Bolsonaro na campanha das eleições presidenciais daquele ano.
"A sua saúde traz sequelas até hoje por causa desse episódio, mas em Deus ele é forte. Ele é GRANDE, e eu o amo muito. Não o deixarei desistir do propósito que o Senhor confiou a ele”, complementou.
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