O Ministério Público Federal pagou ao procurador da República Diogo Castor de Mattos pelo menos R$ 373,6 mil em diárias para ele trabalhar para a Lava Jato na cidade em que morava. Castor não é o único que pode ter recebido sem precisar.
Embora tenha recebido muitos adicionais sob a justificativa de trabalhar longe de casa, ele garantiu à justiça em cinco ocasiões, entre 2014 e 2019, que morava em Curitiba, onde a força tarefa esteve instalada, até ser desmantelada pelo Governo de Jair Bolsonaro.
A informação é do The Intercept. De acordo com o Intercept, o local de moradia de Castor era de conhecimento de Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato na cidade, e de todos os procuradores, como deixam claro mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram.
Diárias como as pagas a Castor servem para compensar gastos extraordinários em viagens a serviço. Servidores públicos privilegiados, os procuradores da República têm direito a cerca de R$ 1 mil a cada dia que trabalham fora de suas comarcas. O dinheiro deve ser usado para bancar despesas com hospedagem, alimentação e locomoção enquanto longe de casa.
Num relatório do Minsitério Público Federal enviado ao Tribunal de Contas da União constam as relações de repasses, que de acordo com o documento somam 425 diárias pagas à Castor. (Clique e veja a íntegra do relatório).
Do total de repassses, 411 referentes a viagens para Curitiba. Conforme o relatório, Castor oficialmente teria feito jus ao dinheiro ao deixar sua residência em Jacarezinho, cidade da região norte do Paraná distante 386 quilômetros da capital, para trabalhar para a Lava Jato em Curitiba. Porém o procurador morou em três aps direferentes na Capital paranaense, ao menos um dos imóveis é de propriedade de Castor.
FONTE: VEJA A REPORTAGEM COMPLETA NO THE INTERCEPT BRASIL.











