25 de abril de 2024
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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Cunhados presos com 260 kg de dinamite que poderia ter explodido bairro inteiro, ganham liberdade 

Ambos eram réus primários. Escondiam artefados roubados há 4 anos da Pedreira São Luiz, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande

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O cunhado de 26 anos, preso com 262 kg de explosivos embaixo da cama, onde ele dormia com a esposa e 2 filhos, no Jardim Aeroporto em Campo Grande, teve nesta 5ª-feira (17.dez.2020) o flagrante convertido em prisão domiciliar. A cunhada dele, de 24 anos, que também passou por audiência de custódia nesta manhã, teve medidas restritivas de liberdade determinadas pela Justiça. Ambos são suspeitos de esconder a quantidade de explosivos por 4 anos a mando do ex-esposo da cunhada, que está preso. 

Segundo investigação, os cunhados não possuíam antecedentes criminais e devem responder por posse ilegal de artefato explosivo, com pena que varia de 3 a 6 anos de prisão. Ontem, (16.dez) o delegado que fez o flagrante na Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), explicou ao MS Notícias que se detonada, a quantidade de explosivos deixaria apenas um buraco onde hoje é localizado o bairro Jardim Aeroporto. "Iria tudo pelos ares, só ficaria um buraco no local", comentou.  

Com os jovens, foram encontrados explosivos e cordéis detonadores. O material foi encaminhado nesta 5ª-feira (17.dez) à perícia e, conforme a polícia, devem ser detonados após análise, com o apoio da Delegacia Especializada em Repressão à Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), que ontem pela manhã auxiliou na prisão dos suspeitos. O Garras foi quem isolou as quadras do imóvel onde estavam os 260 quilos de explosivos.  

A investigação diz que recebeu uma denúncia anônima e fez buscas por 10 dias, até identificar os envolvidos e ir até o endereço do homem e da cunhada dele. No primeiro caso, os policiais foram até o Jardim Aeroporto e, mesmo o homem negando que não havia nada de ilícito no imóvel, ele permitiu as buscas e os policiais encontraram as bananas de dinamite no quarto.

Os explosivos, segundo a Denar, foram roubados da Pedreira São Luíz, em dezembro de 2016. Na ocasião, dois indivíduos chegaram armados ao local, renderam um responsável, prenderam ele em umas das casas na Pedreira e levaram grande quantidade de explosivos. Desde então, os explosivos estavam desaparecidos.