A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu, na 4ª feira (2.jul.25), a investigação que apurava crime de homotransfobia praticado por um pastor evangélico por meio das redes sociais. A investigação foi conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).
Segundo a investigação, o pastor utilizava seus perfis para disseminar discurso de ódio contra pessoas LGBTQIA+, fazendo publicações que associavam a comunidade à “ira e perdição”, além de defender a ideia de "cura gay" por meio da religião. Em uma das postagens, ele ainda atacou a deputada federal Erika Hilton ao dizer que “ela não era incluída no dia das mulheres, pois mulher não vira mulher, mulher nasce mulher”.
Com base nas provas reunidas, o pastor foi indiciado por homotransfobia, por veicular símbolos ou propaganda nazista e por injúria qualificada por motivação racial ou étnica, essa última, por duas vezes. Os crimes são previstos nos artigos 20, §2º, e 2º-A da Lei 7.716/89, que trata dos crimes resultantes de preconceito.
O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), que analisará a denúncia. Caso seja condenado por todos os crimes, o pastor poderá pegar de 6 a 15 anos de reclusão.











