13 de dezembro de 2024
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PF irá demorar um mês para avaliar valor de carga contrabandeada

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Na última sexta-feira, a Polícia Federal de Dourados – distante 225 quilômetros de Campo Grande – apreendeu uma carga contrabandeada milionária, na MS – 164, e ainda não identificou o total valor da carga. Esse trabalho deve durar aproximadamente um mês, conforme o Dourados News.

“São muitos itens específicos, equipamentos que somente especialistas podem esclarecer do que se trata e a gente vai ter que ir até essas pessoas procurar um apoio para identificar o que é e aí sim estimar um valor”, disse o delegado da Polícia Federal , Marcel Maranhão.

A demora acontece porque, por exemplo, os agentes da Polícia Federal deverão ir até o Hospital Universitário oara pedir ajuda a direção e ao corpo clínico para identificar equipamentos de raio-x, odontológicos, entre outros que foram apreendidos junto de centenas de outras mercadorias, todas oriundas do Paraguai.

Também será necessário um especialista para identificar uma rocha de mais de 50 quilos que estava embalada em uma caixa com decoração artística.

“É uma coisa que nunca vimos igual, imagino que seja de valor, algum tipo de minério, não sabemos. É peça encomendada para quem entende da coisa, um especialista ou colecionador, como é o caso de várias garrafas de vinhos importados e muito antigos que também encontramos no caminhão”, destacou Maranhão.

Somente após a identificação de todos os itens e dos respectivos valores, os produtos serão encaminhados para a Receita Federal que deve encaminhá-los para doação ou leilão, posteriormente.

A PF pretende, inclusive, pleitear junto ao Judiciário uma autorização para que as centenas de armas de paintball (esporte em que equipes devem agir estrategicamente para eliminar adversários com a ajuda de um marcador, que é o nome dessas armas responsáveis pelo disparo de cápsulas gelatinosas recheadas de tinta colorida) apreendidas sejam doadas ao órgão para uso em treinamento de novos agentes.

Na última sexta-feira, após uma denúncia anônima, a Polícia Federal chegou até a carga. Conforme informações do Dourados News e do delegado responsável pelo caso, uma organização criminosa com a participação de centenas de pessoas deve ser a ‘dona’ do carregamento.

A constatação foi feita com base no fato de que os equipamentos médicos, por exemplo, são muito específicos, o que não atrairia voluntariamente um contrabandista a comprá-lo no Paraguai sem que tivesse um receptor certo. O motorista que conduzia o caminhão que tinha placas de São Paulo, e que não é natural de Mato Grosso do Sul, permanece preso. A PF não divulgou o nome dele.

Tayná Biazus