A Polícia Federal cumpriu, nesta 3ª feira (22.jul.25), mandado de busca e apreensão no Mato Grosso do Sul durante a deflagração da Operação Route 156, que apura fraudes milionárias em contratos de manutenção e recuperação da rodovia BR-156, no Amapá.
Segundo informações da PF e da Controladoria Geral da União (CGU), os alvos são suspeitos de integrar uma organização criminosa que atuava dentro da Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Amapá.
O grupo teria fraudado licitações com propostas fictícias e cláusulas restritivas, desviando recursos públicos federais em contratos que somam mais de R$ 60 milhões. As irregularidades também envolvem a omissão de servidores públicos que deveriam fiscalizar os contratos e instaurar processos administrativos diante das falhas constatadas.
Ao todo, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão pela 4ª Vara Federal do Amapá: seis no próprio estado, três em Minas Gerais, um no Amazonas e um no Mato Grosso do Sul.
A Justiça Federal também determinou o afastamento do superintendente do DNIT/AP e de uma servidora da autarquia por dez dias, além do bloqueio de R$ 8,06 milhões em bens e valores dos investigados.
Durante as buscas, a PF apreendeu armas de fogo e 250 munições em Macapá. O dono do arsenal é CAC (colecionador, atirador e caçador) e poderá ter o registro cassado. Já em Minas Gerais, foram localizados veículos de luxo da marca Porsche, joias, relógios e obras de arte de Guignard e Portinari.
Os investigados poderão responder por crimes como fraude à licitação, organização criminosa, prevaricação, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.











