Três equipes de Policiais Militares Ambientais de Campo Grande (MS) começam amanhã, às 8h00 na Capital, o controle de estoques dos estabelecimentos comerciais que trabalham com pescado.
Nesta primeira etapa será realizada a conferência dos estoques declarados. Essa conferência é importante, pois evita que algum comerciante inescrupuloso possa declarar estoque maior do que ele tenha e, dessa forma, possa adquirir pescado capturado durante a piracema.
Também é fiscalizado se existem exemplares abaixo dos tamanhos mínimos permitidos para a captura, ou capturados com petrechos proibidos, o que caracteriza crime ambiental.
O controle de estoques dos estabelecimentos que comercializam pescado é realizado, para evitar que peixarias adquiram pescado irregular, evitando assim, a captura nos rios, pois se não há para quem vender, certamente o pescador não irá capturar peixe neste período. Dessa forma, torna-se um tipo de prevenção.
Embora não seja crime ambiental, o Decreto 6.514/98, que regulamenta a lei de crimes ambientais prevê penas administrativas para quem não declara o estoque, inclusive, apreensão de todo o produto (artigo 35 inciso VI), mesmo que o pescado seja legal. O simples fato de não declarar causa a apreensão e multa.
A penalidade vai de R$ 700,00 a R$ 100.000, com acréscimo de R$ 20,00, por quilo ou fração do produto da pescaria, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental.
Policiais Ambientais, utilizando motocicletas e viaturas quatro rodas estarão monitorando e dando baixa nos estoques das peixarias da Capital e Interior durante toda a piracema.
As equipes sairão às 8h15, do quartel da PMA, à Avenida Mato Grosso s/n, Parque das Nações Indígenas. Os estabelecimentos têm até meia noite de hoje para efetuarem sua declaração.
Anna Gomes e Assessoria PMA