26 de julho de 2024
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FEMINICÍDIO | CAMPO GRANDE (MS)

Polícia procura Wagner por matar Monalisa a facadas

Vítima teria se negado a dar dinheiro ao namorado

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Monalisa Pereira Alves Muricy, de 55 anos, teria sido assassinada pelo namorado Wagner Franco Alves, de 39 anos, na noite do domingo (27.nov.22) no Distrito de Anhanduí, a 60,6 km de Campo Grande (MS).

A investigadora da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Rafaela Lobato confirmou: “Ele matou ela a facadas”, em coletiva à imprensa na manhã desta 2ª.feira (28.nov.22). 

Investigadora da Deam, Rafaela Lobato. Foto: Tero Queiroz Investigadora da Deam, Rafaela Lobato. Foto: Tero Queiroz 

O crime ocorreu numa residência da rua Barão Von Oper. O casal estava acompanhado de amigos numa espécie de rodinha para bebedeira. 

A vítima recebia uma aposentadoria e o dinheiro era usado por ela e por Wagner para comprarem bebidas e supostamente entorpecentes. Monalisa teria se negado a dar dinheiro ao suspeito e isso teria deflagrado uma discussão seguida do esfaqueamento. Ela morreu em razão dos ferimentos antes da chegada da equipe de resgate. 

A faca utilizada no crime foi encontrada há poucos metros da residência.

De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar foi acionada e encontrou a mulher ensanguentada em um dos cômodos da casa.   

Amigo do casal, Rosemiro Anacleto da Silva, de 43 anos, conhecido como Miro, disse à polícia que presenciou o crime e confirmou que Wagner matou a esposa. A delegada disse que Miro não foi preso, mas sim ouvido nesta 2ª.feira.  

A polícia segue em diligência flagrancial em desfavor do suspeito.  

NÚMEROS 

 

Com o feminicídio, sobe para 11 mulheres mortas em Campo Grande e 39 em Mato Grosso do Sul. Um recorde de feminicídios.

"Esse ano foi recorde de feminicídio. Infelizmente o número progrediu, estamos em 2022, onde também temos recorde de políticas públicas, registramos muitos boletins de ocorrência, mas não vemos o resultado de forma repressiva. Pedimos que, quando visto o abuso, além de avisarem a vítima, alertem a polícia para não acontecer mais um feminicídio", completou a dealegada.