26 de julho de 2024
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Seis pessoas da família Martinez foram executadas ao longo de 12 anos

Tudo começou em fevereiro de 2009

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A família de sobrenome "Martinez" sofreu uma espécie de chacina ao longo de 12 anos em Mato Grosso do Sul. Eles são oriundos de Ponta Porã (MS).

O último a ser morto foi Carlos Anhasco Espinaço, de 39 anos, assassinado a tiros  às 16h50 da 6ª.feira (11.nov.22), quando construía o muro de sua casa, na Rua Hélio Peluffo, Jardim Saldanha Derzi, em Ponta Porã (MS). Mostramos esse caso aqui no MS Notícias.  

Antes dele, as execuções mais recentes foram as de seus sogros, Ana Cláudia Gonçalves Martinez, de 46 anos, e Pedro Celso Ajala, de 45 anos, executados na tarde de 26 de outubro de 2022, na Rua Circe, no Portal Caiobá, em Campo Grande (MS).

O "Martinez" vem da família de Ana Cláudia. E no período de pouco mais de duas décadas, 5 irmãos dela foram executados. Veja abaixo. 

Tudo começou em fevereiro de 2009, com a execução do irmão Clemir Gonçalves Martinez, de 25 anos. Ele foi cercado e morto por atiradores em uma motocicleta na Avenida Brasil, em Ponta Porã (MS).

Um ano mais tarde, em outubro de 2010, o irmão Claudemir Gonçalves Martinez, de 30 anos, conhecido como Muller, foi executado na linha internacional entre Ponta Porã (SM) e Pedro Juan Caballero (PY). Pistoleiros armados com pistolas de calibre 9 milímetros e 380 cercaram o Chevrolet Monza de Mullher e o executaram. 

Houve, então, um hiato nas execuções  de quase 5 anos. Em maio de 2015, porém, o irmão Ariel Gonçalves Martinez, de 19 anos, foi executado com mais de 30 tiros na MS-386, em uma região conhecida como Três Placas, na saída para a cidade de Aral Moreira (MS).

Dois anos depois, em fevereiro de 2017, Claudenilson Gonçalves Martinez, de 39 anos, foi o próximo a ser executado em Ponta Porã (MS). Ele havia acabado de sair do sistema prisional e seguia como passageiro em uma picape VW Saveiro, de cor branca. Cerca de 15 disparos de pistola 9mm foram efetuados contra o rapaz. 

Dias antes de Ana ser morta, o seu irmão, Leandro Gonçalves Martinez, de 23 anos, foi executado com 11 tiros no dia 3 de outubro. Ele era suspeito pelo assassinato do paraguaio Felix Ruben Martinez Fernandez, de 41 anos, em Ponta Porã, cidade a 300 km da Capital, que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, Paraguai.

Ao menos 3 membros da família Martinez estiveram sendo acusados pelas autoridades de supostamente serem parte de um grupo apelidado de os "Irmãos de Sanga Puitã (distrito de Ponta Porã)", conhecidos por trabalharem como pistoleiros na fronteira. Essas acusações, porém, não chegaram a ser provadas.