20 de dezembro de 2025
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Carlinhos Duarte, mais uma estrela “caipira” brilha no eixo nobre

Faz quase 20 anos que o campo-grandense Carlos Henrique Duarte deixou Mato Grosso do Sul para por seu talento à prova no chamado eixo nobre Rio-São Paulo, onde as coisas acontecem ou são diluídas em tentativas infrutíferas. Depois de Campo Grande – onde morou em bairros como o Arnaldo Estevão de Figueiredo - e Bonito, trabalhando incansavelmente em atividades voltadas à moda, decoração e estilismos visuais, o filho de Maria e Antonio resolveu mergulhar na aventura e desembarcou em Sampa.

Com a cara, a coragem e um jeito de ser cativante, típico do interiorano de alma universal, e um naturalmente requintado caipirismo, ele hoje brilha nas melhores e mais luzidias constelações das celebridades como dono, diretor e protagonista central da badalada CHD Produções Visuais, que, entre outras assinaturas, integra a editoria da revista Caras e responde por cenários deslumbrantes de astros e estrelas.

Durante uma pausa fugaz entre visitas rápidas a amigos e lugares de Campo Grande, onde nasceu em 1963, Carlinhos Duarte falou ao jornalista Edson Moraes, do MSNOTÍCIAS, sobre como encarou e venceu os desafios da árdua escalada. Acabava de sair de mais uma rotina sob os holofotes, num ano que iniciou em plena Ilha de Caras, onde em fevereiro produziu e fez par com outra reluzente “caipira” conterrânea, Luiza Brunet. A Caras construiu na ilha um estúdio em homenagem a Luiza, com o nome da itaporanense, e adivinhem quem produziu a linda morena para o ensaio e capa das edições de março dessa revista e de outras publicações, como a “Manequim” e a “Máxima”.

Chegar até aí foi muito difícil. Às vezes, parecia impossível. Carlinhos Duarte ralou muito. Enfrentou de tudo, desde a falta de dinheiro ao terreno hostil e pedregoso a quem tenta se inserir nesse mercado de trabalho cosmopolita. Carlinhos pisou e venceu. Assimilou o gigantismo da metrópole mas não precisou tornar-se um ser metropolitano. Aos 42, casado com a editora Cláudia Boechat, místico e cristão, permanece universal e inteiro, autêntico em seu caipirismo doce e talentoso. Num mundo de glamour, luxo e badalações, convivendo com celebridades como Maria Bethania, Luiza Brunet e outros nomes estelares, assinando os mais expressivos editoriais e anuários de moda e decoração, o cérebro da CHD Produções, fundada há 17 anos, soube fazer a sua hora.

PERGUNTA – Como foi esse encontro com a conterrânea Luiza Brunet?

RESPOSTA – Este ano, na Ilha de Caras, foi construído um estúdio de fotografia com o nome dela e em sua homenagem. As primeiras fotos produzidas lá foram com ela. Eu fiz a produção de moda e cena e quem fotografou foi o carioca Cadu Piloto. O ensaio foi feito para as revistas Manequim e Máxima, que são da mesma editora, a Caras, estão chegando às bancas nos próximos dias. A Luiza estava com seu filho, Antonio. Ela é uma pessoa muito simpática, amável, alegre.

PERGUNTA – Esse é o trabalho que você gosta?

RESPOSTA – Sim. Eu criei a CHD Produções e eventos faz 17 anos. Sempre cuidei de produção de fotos, vídeos e eventos editoriais. Não só para editar a Caras, mas para outras editoras e revistas, como a Editora Globo, revista Quem (Editora Três), IstoÉ Gente...Atualmente estou no Departamento de Projetos Especiais da Editora Caras. Cuido dos anuários de decoração, noivas, vagem...e atuo nas áreas de moda, decoração e paisagismo.

PERGUNTA – Quando e como descobriu essa vocação?

RESPOSTA – Bem, eu nasci em Campo Grande quando o Estado ainda não havia sido dividido. Tinha 13 anos e andava pelas ruas da cidade, quando fiquei fascinado pelo vitrinismo da época. Eu vi um vitrinista, um grande artista, trabalhando. Era o Jorginho, hoje um talentoso artista plástico. Daí então comecei a sonhar, cada vez mais alto, e a projetar esta aventura. No começo do meu trabalho, em 1973, ainda entrando na adolescência, a primeira loja foi a antiga Livraria Rui Barbosa. Um sucesso! E tinha que ter uma loja pra comprar os materiais. Depois fui para lojas de sapatos, de roupas, tudo ali no centro da cidade, até chegar às grandes boutiques. Tempos depois fui para a Bahia, estive no Rio e em São Paulo. Voltei a Campo Grande pra trabalhar com produtor de fotos e cenógrafo de um dos mais renomados fotógrafos do País, Roberto Higa. Aquela foi uma ótima experiência. Em seguida, fui trabalhar com uma das feras da publicidade, Ariosto barbiéri, e acabei indo parar na TV Morena.

PERGUNTA – Era um acúmulo de atividades, então...

RESPOSTA - ...não tinha limite. Eu ainda fazia vitrines, trabalhava em um salão de beleza, decorava casas para festas. Na época não havia os salões especializados. Eu fazia casamentos, batizados...até cair no mundo do samba. Fui chamado por um grupo de elite da sociedade, e por um magnífico decorador, o Adbdalla, para ajudar a preparar uma escola que desfilaria no carnaval. Foi lindo demais.

PERGUNTA – Trabalhar no carnaval é uma de suas áreas também?

RESPOSTA – Sim, além de curtir muito. Já fiz trabalhos no Rio de Janeiro para as escolas Viradouro e Vila isabel, juntamente com o cenógrafo Sérgio Murillo Garcia. É muita história.

PERGUNTA – Você “estagiou” também em Bonito?

RESPOSTA – Eu estava em Bonito, quando saí de Campo Grande para São Paulo. Fazia lá um projeto de paisagismo para uma empresa paulistana. Hoje está lá, em Bonito, esse projeto, é o primeiro condomínio de luxo da cidade. Eu me apaixonei pela história cultural de Bonito e até dizia: “É aqui que eu vou ficar”. Fiz de quase tudo lá: decorador de festas, paisagismo, cabelo, maquiagem, à noite vendia artesanato. E hoje estou em São Paulo, daqui eu fui para o mundo.

PERGUNTA – Ao que consta, há outras atividades em sua agenda além dos editoriais de produção visual?

RESPOSTA – Continuo fazendo meus cursos, as coisas que eu gosto dentro da cenografia: tapeçaria, colocação de lambe-lambe, papel de parede, costura, pintura, algumas coisas quando sobra tempo. Gosto e procuro sempre aprender coisas novas e ampliar meus conhecimentos. E, com tudo isso, é que também passei a amar São Paulo, uma cidade que me recebeu de braços abertos. Aqui estou sempre aprendendo a viver.

PERGUNTA – Você sempre se refere, agradecido, a pessoas que o apoiaram. Pode citar algumas?

RESPOSTA – É muita coisa, muita gente! Prefiro não citar nomes, mas pra chegar aonde estou – e isso aprendi desde criança – mantive o princípio de respeitar todas as pessoas e agradecer a quem nos dá apoio, direta ou indiretamente. Vivi e vivo em lugares onde não tenho inimigos, só amigos. Creio ser iluminado por ter o carinho e o estímulo de muitas pessoas da minha terra, com as quais tenho em comum o amor, o carinho e o respeito. E você é uma delas.

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