29 de abril de 2024
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USDA diminui a estimativa para a produção brasileira de açúcar

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou hoje seu relatório semestral de acompanhamento da safra sucroalcooleira brasileira. Conforme avaliação do adido agrícola do USDA em São Paulo, Sérgio Barros, o país deverá produzir 35,8 milhões de toneladas de açúcar em 2014/2015, queda de um milhão de toneladas na comparação com a projeção anterior, de abril. Os estados do Centro-Sul irão contribuir com 32,6 milhões de toneladas, contra as 33,55 milhões de toneladas anteriormente estimadas. A produção de açúcar dos estados do Norte e Nordeste está estimada em 3,2 milhões de toneladas, praticamente a mesma estimada há seis meses. As exportações brasileiras de açúcar ao longo de 2014/2015 estão estimadas em 24 milhões de toneladas, queda de 1,25 milhão toneladas contra a estimativa anterior. O consumo interno de açúcar no Brasil deve alcançar 11,5 milhões de toneladas em 2014/2015, elevação de 240 mil toneladas contra 2013/2014 (11,26 milhões de toneladas), refletindo o crescimento da população e a contínua expansão da indústria alimentícia. Moagem no Centro-Sul estimada em 565 mi de toneladas Conforme o USDA, ao longo da safra 2014/2015 (maio/abril), as usinas de açúcar e etanol do Centro-Sul devem moer 565 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, uma queda de 2% em comparação à estimativa anterior, de abril, que indicava uma moagem de 575 milhões de toneladas, devido a estiagem em Minas Gerais e São Paulo. Segundo Sérgio Barros, entre cinco a 10 milhões de toneladas de cana serão deixadas no campo, especialmente nos estados de Goiás e Mato Grosso. Enquanto isso, a estimativa de moagem para a região Norte/Nordeste permanece em 54 milhões de toneladas. O rendimento industrial da cana-de-açúcar para a safra 2014/2015 está estimado em 134,1 quilos de açúcar total recuperável por tonelada de cana colhida, crescimento de 3,3 quilos em relação à projeção anterior, devido ao clima seco nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Uma parcela de 45% da cana colhida será destinada para a fabricação de açúcar, com os restantes 55% para o etanol, uma vez  que a lucratividade do biocombustível, no momento, é melhor.  Agência Safras