26 de abril de 2024
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NACIONAL | CRISE ENERGÉTICA

'Apaga tudo' em casa e 'tomem banho frio', diz Bolsonaro

Desde junho pronunciamentos de Bolsonaro e Bento Albuquerque, de Minas e Energia, seguem a mesma linha

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Com crise nos reservatórios do país, nesta 5ª feira (23.set.2021), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez um apelo para que a população economize eletricidade e pediu que as pessoas, se puderem, tomem "banho frio".

"Se puder apagar uma luz na tua casa apaga, eu peço por favor. Não use elevador. Tomar banho é bom, mas se puder tomar banho frio é muito mais saudável, ajuda o Brasil. A gente pede a Deus que agora em novembro, final de outubro, venha chuva para valer no Brasil. Para que a gente não tenha problema no futuro, que podemos ter problema no futuro", disse Jair em sua live semanal.

Outro trecho da transmissão tem o presidente pedindo que as pessoas apaguem luzes excedentes e desliguem aparelhos de ar condicionado. "Até faço um pedido para você agora. Se tem uma luz acesa a mais na tua casa, por favor apague. Nós estamos vivendo a maior crise hidrológica dos últimos 90 anos. Se você puder apagar uma luz na tua casa, se puder desligar o teu ar condicionado. Se não puder –está com 20 graus?– passa para 24 graus, gasta menos energia", disse.

Bento Albuquerque (ministro de Minas e Energia) afirmou em rede nacional de rádio e TV, no final de agosto, que a crise hídrica se agravou e pediu esforço da população e empresas para reduzirem o consumo de energia elétrica. Bolsonaro também fez apelo semelhante em ocasiões anteriores à live desta quinta.

Na atual gestão, a falta de chuvas deixou os reservatórios das hidrelétricas em seu pior nível em 91 anos e tem forçado o governo a tomar medidas para tentar afastar o risco de racionamento de energia. Já em junho, 
o ministro havia pedido em pronunciamento, que a população poupe energia e água para enfrentar a crise hídrica.

Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel por sua vez, anunciou uma medida que vai elevar o custo da conta de luz. Foi criada uma nova bandeira tarifária para fazer frente ao aumento dos custos decorrente do agravamento da crise hídrica, segundo informações da Agência Folhapress. 

Chamada de "Escassez Hídrica", a nova bandeira custa R$ 14,20 a cada 100 kWh (quilowatt-hora).
No início de setembro, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que "pode ser" que ocorra "algum racionamento" de energia no Brasil.