O biólogo Peter Crawshaw Jr., morreu hoje (27. abril) aos 69 anos vítimas da Covid-19. Ele foi o principal especialista em onças do país.
Nascido em São Vicente, em São Paulo, Crawshaw mudou-se ainda jovem para o Rio Grande do Sul. Formado em Ciências Biológicas em 1977 pela Unisinos, em Porto Alegre, fez mestrado e doutorado pela Universidade da Flórida.
O pesquisador da Universidade de Brasília Lucas Gonçalves conviveu com Crawshaw nos últimos dez anos. Para ele, o biólogo deixa dois legados, um científico e acadêmico e o outro, pessoal.
— Peter foi um cientista incrível, pioneiro. Foi o primeiro pesquisador a capturar uma onça pintada, a registrar em armadilha fotográfica, monitorar com rádio colar. Foi o primeiro a usar as atuais técnicas para o estudo das onças. Além disso era uma pessoa maravilhosa, carismática, simples, mas admirado por todos. Eu gostaria de, no fim da minha vida, ter formado tanta gente e ser tão querido — afirma Gonçalves.
O biólogo trabalhou no IBDF, no Ibama e se aposentou em 2012 como analista ambiental do Cenap, centro especializado do ICMBio. Continuava participando de projetos de conservação de felinos enquanto morava em Passo de Torres, Santa Catarina.
No Instagram, o Projeto Ondas do Iguaçu lamentou a morte de Peter:











