14 de dezembro de 2025
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Empresário nomeia 'bolo afrodescendente' em padaria de SP; gerou revolta

Ao tentar se atualizar no tempo, comerciante polemizou

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Uma padaria na zona sul de São Paulo mudou o nome de um de seus doces de “bolo nega maluca” para “bolo afrodescendente”. No Instagram, a padria Aveiro explicou que a mudança ocorreu após receber um ofício. (Veja abaixo).

Conforme o empresário Mauro Sérgio Proença, em agosto do ano passado, o comércio foi oficiado. No documento, estava sendo recomendando cuidado ao usar certos nomes em receitas. Assinara o ofício: o Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, da Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria.

As entidades citaram títulos tradicionais que já não seriam mais pertinenentes ao século 21, como “teta de nega”, “nega maluca”, “língua de sogra”, “maria mole”, entre outros. Analisam ainda que o “que era visto até com simpatia, hoje não é mais aceito e pode levar a constrangimentos e acusações de crime racial, machismo, preconceito, etc.”.

A partir dessa recomendação, a padaria trocou o nome do doce para “bolo afrodescendente” e publicou uma mensagem dizendo que “está sempre em constante evolução para se adequar às mudanças, sendo assim um lugar democrático, onde não há espaço para racismo”.

No entanto, a mudança resultou em uma ação nas redes sociais. Além de pedir a volta do antigo nome do bolo, o dono do estabelecimento relatou que estava sendo alvo de ameaças e constrangimento.

Mauro disse que os funcionários do local foram ameaçados e constrangidos. Na tentativa de amenizar os ânimos dos clientes, ele mudou o nome do doce novamente, desta vez para "bolo chocoball".