19 de abril de 2024
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Prefeito assina anuidade e Santa Casa poderá contrair empréstimo de R$ 80 milhões

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A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) está prestes a resolver o problema da Santa Casa. O presidente da ABCG, Wilson Teslenco, anunciou na manhã de hoje em coletiva de imprensa, que o secretário municipal de governo e relações institucionais Pedro Chaves acatou, em nome do prefeito Alcides Bernal, as três reivindicações da associação para que a Santa Casa possa continuar funcionando normalmente. Chaves, também informou que a prefeitura assinou a carta de anuidade permitindo o empréstimo e o aumento dos repasses.Segundo Teslenco, a prefeitura irá quitar, ainda este ano, a dívida que possui com a Santa Casa de R$ 10,70 milhões, decorrente da suspensão dos repasses do SUS (Sistema Único de Saúde), dos quais R4 200 mil mensais são custeados pelo município e o restante pelo governo federal. Além de pagar o que deve, a prefeitura se comprometeu a arcar com R$ 150 mil mensais referente aos juros do empréstimo de R$ 80 milhões que a ABCG tenta, desde maio deste ano, contrair junto a Caixa Econômica Federal. No mês passado, a Assembleia Legislativa aprovou projeto do executivo estadual de repassar, mensalmente, R$ 650 mil à Santa Casa, dos quais, parte será usada para custear os juros do empréstimo e o restante será usado para pagar despesas do hospital. Outro compromisso firmado por Chaves, é aumentar em R$ 2,750 milhões o valor mensal da recontratualização (Valor do teto recebido pelo hospital devido aos serviços prestados pelo SUS) do hospital junto ao SUS. Todas as medidas, segundo Teslenco, serão colocadas em prática até o final deste ano. Teslenco, explicou que a dívida atual do hospital é de R$ 130 milhões, ou seja, R$ 15 milhões a mais que a dívida deixada pela junta interventora,. Que era de R$ 115 milhões. Teslenco atribui o aumento do débito ao déficit mensal do hospital, que é de R$ 3,5 milhões. ”Para sobreviver, a Santa Casa teve que interromper os repasses de tributos federais que deveriam ser pagos ao governo federal, e agora nossa dívida tributária é de R$5 milhões, que será pago com esse empréstimo”, afirma Teslenco. Embora as novidades sejam favoráveis ao hospital, Teslenco ressaltou que ainda é preciso resolver a questão do pagamento do 13º dos funcionários. “Como a anuidade só foi assinada na semana passada, o repasse de R$ 750 mil que o Ministério da Saúde fará à Santa Casa ainda não foi liberado. O repasse irá desafogar o hospital, pois será retroativo desde agosto, ou seja, R$ 3 milhões a mais, e agora precisamos desse valor com urgência, pois é dele que iremos retirar o valor que falta para quitar o 13º dos funcionários”, explica. Heloísa Lazarini e Diana Christie