06 de maio de 2024
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Santa Casa

Teslenco atribui intenções políticas nas críticas por atendimento de Luciano Huck e Angélica

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Em resposta às acusações do coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Eduardo Cury, de que a Santa Casa estaria “escondendo” leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aos pacientes encaminhados por aquele serviço, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) Wilson Teslenco convocou entrevista coletiva na manha de hoje (27), onde pormenorizou o atendimento à família de Luciano Huck, vitimada em acidente aéreo no domingo (24) próximo a Capital.

Eduardo Cury havia declarado a diversos órgãos de imprensa estar decepcionado em ver que a Santa Casa teria “fechado” uma UTI Cardíaca para receber a família de Huck “Estamos com pacientes entubados e ventilados a mão a mais de 12 horas esperando atendimento. Porque que eles passaram na frente dos outros?”, indagou Cury.

Wilson Teslenco relatou que as condições do hospital são de conhecimento da área de Saúde do município, sabidas por Virgílio Gonçalves da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande. O Hospital, no momento da chegada da família ao Pronto Socorro, às 10 horas estava com 77 pacientes, chegando a 100 pacientes às 17 horas e 157 às 24 horas, sendo que a capacidade da UTI é de 97 leitos, desses praticamente todos ocupados por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e 33 destinados a pacientes com politraumatismo.

“A declaração (de Eduardo Cury) foi infeliz, feita sem conhecimento da situação da Santa Casa”, disse Teslenco, que atribuiu caráter midiático, político e eleitoreiro à fala de Cury.

Em relação à polêmica ocupação do quinto andar, Teslenco esclareceu que é uma área destinada ao repouso dos que passaram pelo centro cirúrgico e que possuem convênio, e a decisão de acomodar a família de Huck naquele local se deu até para preservar o bom andamento dos serviços do Pronto Socorro, uma vez que a notoriedade dos apresentadores estava atraindo um excesso de pessoas, colocando prejudicando os trabalhos.

“Depois dos primeiros atendimentos, os exames realizados não apresentaram problemas que exigissem maiores cuidados, sem necessidade de atendimento específico nem de respiração artificial, para preservar a família e o funcionamento normal das equipes, e ainda pelo fato de terem sido atendidos por convênio particular, foi tomada a decisão de transferência para os cinco leitos naquela área”, disse Teslenco, ressaltando que eles não foram encaminhados pela Agência de Regulação, mas foram trazidos por particulares e atendidos como qualquer paciente que busque auxílio naquele hospital.