O ex-secretário de Obras da cidade de Patrocínio (MG), Jorge Marra, se entregou na tarde deste domingo (27.set.2020) à Polícia Civil mineira. Ele é suspeito de assassinar o pré-candidato a vereador Cássio Remis (PSDB) na tarde da última 5ª-feira (24.set.2020), logo após interromper uma live em que o tucano denunciava uma suposta irregularidade em obra da prefeitura.
De acordo com a polícia, o ex-secretário de obras, que também é irmão do prefeito, Deiró Marra (DEM) se entregou acompanhado de seus advogados e prestou depoimento ao delegado de plantão. O prefeito exonerou o irmão do cargo de secretário, um dia após o assassinato.
O MS Notícias reportou o momento em que o suspeita atira contra a vítima.
Após o assassinato o suspeito foge em uma caminhonete. A arma do crime e o veículo usado na fuga foram encontrados na cidade de Perdizes, a 50 km de Patrocínio.
Cássio Remis havia ido atrás do suspeito que momentos antes do crime interrompeu uma live que a vítima fazia em uma área de obras na cidade. No local, segundo a vítima disse ao vivo, viria a ser o comitê eleitoral do atual prefeito, candidato à reeleição. Segundo o denunciante, o prefeito estava usando a estrutura do município para criar condições eleitorais. Após o suspeito interromper a live. Acabou pegando o celular da vítima e se dirigiu à sede da secretaria de Obras do município. A vítima foi atrás em busca do aparelho, eles discutiram e na garagem foi onde o crime ocorreu.
O suspeito saca uma arma e dispara cinco vezes, sendo que dois tiros atingiram a cabeça do tucano, que morreu na hora.
O prefeito da cidade se disse “consternado” com o ocorrido, informou que não sabe quais seriam as motivações do irmão para matar o candidato a vereador e decretou luto oficial de três dias na cidade.
DEFESA
Os delegados que colheram o depoimento de Jorge Marra, afirmaram que ele deve ser indiciado por homicídio qualificado, roubo (por ter subtraído o celular da vítima) e por porte ilegal da arma que carregava em sua caminhonete.
Ele prestou depoimento ao delegado regional Valter André, ao delegado Renato Mendonça, de Furtos e Roubos, e à delegada Ana Beatriz de Oliveira Brugnara, de Homicídios. Marra disse que se sentiu ameaçado por Remis e que agiu em legítima defesa.
Segundo os delegados, eles negociaram com os advogados de defesa para que Marra se apresentasse voluntariamente à Polícia Civil.
O depoimento de Jorge Marra durou cerca de três horas. O local em que ele ficará preso não foi divulgado. Segundo os delegados, pelo fato de o autor dos tiros correr ‘risco de morte’.
*Com informações do site Estado de Minas.