Deputados bolsonaristas sequestraram o plenário da Câmara por dois dias, num chilique autoritário contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).
Como bons antidemocratas, movidos apenas por sede de poder e autopreservação, os extremistas tomaram a Mesa Diretora como se a Câmara fosse uma extensão do QG golpista — com uma pauta única: blindar os golpistas da Justiça, especialmente o clã Bolsonaro, protagonista da tentativa de golpe.
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A obsessão não é só salvar a própria pele, mas proteger a família que instrumentalizou o Estado, rasgou a Constituição e agora posa de perseguida. Um grupo que, enquanto flerta com o autoritarismo, segue entregando o Brasil aos interesses dos EUA em troca de fôlego político para demolir, por dentro, a democracia brasileira.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ameaçou suspender mandatos — mas recuou e cedeu.
Para "acalmar" os extremistas de direita, Motta teria prometido pautar a PEC do fim do foro privilegiado e a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro.
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Ou seja, cedeu à chantagem parlamentar e acenou para a extrema-direita: anistia para criminosos e ataque ao STF.
Segundo Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o acordo está feito: “sem foro e com perdão aos patriotas” — leia-se, os golpistas de sempre.
O tal “fim do foro” é só fachada: querem proteger Bolsonaro da Justiça comum e intimidar o Supremo.
A anistia, então, é escárnio puro: transformar golpistas em mártires, apagar crimes com tinta parlamentar.
Motta, se realmente fez o acordo, não lidera — capitula. É mais um entreguista de terno e sorriso amarelo.
Enquanto isso, os partidos fisiológicos (PP, União, Novo, PL e PSD) embarcam no delírio revisionista.
E em meio ao teatro, o extremista sul-mato-grossense Marcos Pollon celebra o acordo como uma “grande vitória” — como se premiar golpista fosse mérito e não vergonha.
Golpismo agora se resolve com votação e cafezinho — e a democracia que se vire.











