O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (13.maio), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode ser adiado “um pouco”, mas que precisa ser realizado ainda em 2020. O Portal Nacional da Educação (PNE) confirmou esta manhã que o presidente já solicitou o adiamento do Exame.
A reportagem obteve a informação exclusivamente por meio de fontes internas do PNE.
Anteriormente os exame aconteceria de 1º e 8 de novembro em sua versão presencial. E de 22 a 29 de novembro em versão digital (inédita)
Os pedidos de mudança do cronograma ocorrem por causa da suspensão das aulas presenciais, durante a pandemia do novo coronavírus. Entidades estudantis, universidades e colégios federais pedem o adiamento do exame, alegando que o ensino à distância agrava a desigualdade entre os candidatos.
Além disso, as datas escolhidas pelo Ministério da Educação (MEC), confrontam datas de provas de dois dos principais vestibulares do estado de São Paulo: a primeira fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no dia 22 de novembro, e a primeira fase da Fuvest, que seleciona para a Universidade de São Paulo (USP), no dia 29 de novembro.
Nas redes sociais grande movimento de estudantes pedem o adiamento do Enem.
A decisão de adiamento anunciada por Bolsonaro vem de encontro com uma orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), que deu cinco dias para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) se manifestar sobre o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No despacho, do dia 4 de maio, o ministro Augusto Nardes diz que a pandemia tem profundos reflexos na educação e indica existir necessidade de alteração do calendário da prova.
Ele afirmou que a crise do coronavírus coloca em risco os princípios, diretrizes e objetivos do exame.