28 de abril de 2024
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MANDOU PARA FORA

Delegado que investigou facada em Bolsonaro é mandado para os EUA

Diretor da PF designou ele para trabalhar por dois anos em Nova York

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O Diretor da Polícia Federal (PF), Paulo Maiurino, indicado por Jair Bolsonaro (PL), designou em 8 de dezembro que o delegado Rodrigo Morais Fernandes, responsável pela investigação sobre a suposta facada em Bolsonaro, vá trabalhar por dois anos em força tarefa em Nova York, nos Estados Unidos (EUA). A íntegra da designação

Segundo a portaria, Fernandes deverá exercer a partir de fevereiro de 2022 a função de oficial de ligação da Polícia Federal junto à força tarefa de El Dorado no escritório da Homeland Security Investigations (HSI), em Nova York.

Bolsonaro, porém, até hoje tenta levantar suspeitas sobre a facada que levou, questionando o trabalho feito pela PF.

O delegado concluiu não haver indícios de mandantes e que Adélio Bispo, que está preso em Campo Grande (MS), atuou sozinho. 

Bispo foi considerado doente mental pela Justiça e, por isso, inimputável. Dias antes de supsotamente cometer o ato, Adélio esteve em um "campo" de tiro ao alvo frequentado pelos filhos de Bolsonaro. Esse dado nunca foi considerado e é considerado ainda um ministério e assim permanecerá, já que o delegado do caso não mais poderá apurar os fatos. 

O presidente brasileiro tenta fazer com que a PF reabra e conseguiu que novas investigações fossem feita, smepre contra a parte de Adélio, sempre desconsiderando o encontro que o acusado teve no campo de tiro onde estava os filhos de Bolsonaro.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região autorizou a investida contra Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Bispo e alvo de busca e apreensão em dezembro de 2018.

Segundo a PF, a investigação sobre o ataque à Bolsonaro será assumida por um “delegado que possui experiência em investigações de homicídios”.

Ao longo do mandado de Bolsonaro a PF, apesar de o presidente insistentemente cobrar que isso foi dito, não comprovou a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime.

A defesa de Adélio conseguiu comprovar que ele não estava nas faculdades mentais quando supostamente deu a suposta facada. Por isso a pena dele foi convertida em internação psiquiátrica por tempo indeterminado. Ele cumpre a sentença na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) desde 2018.