26 de abril de 2024
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Durante encontro entre PSB e Rede, Campos defendeu a sustentabilidade

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Alan Diógenes

Nesta segunda-feira (28), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou que o agronegócio precisa se aproximar da sustentabilidade defendida pela nova aliada. O comentário se deu após o rompimento com o deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) pela aliança que firmou com a ex-senadora Marina Silva.

"Não temos nenhum preconceito com os que vivem e produzem no campo, pelo contrário, vemos a necessidade dessa aproximação com o que defendemos porque há uma expectativa enorme com o Brasil no mundo afora".

O tema foi objeto da primeira aresta que surgiu na aliança entre Marina e Eduardo, firmada no início de outubro. Caiado, que havia anunciado apoio ao PSB, decidiu romper com Campos depois de críticas de Marina.

"O agronegócio é responsável por 25% do PIB, 25% do emprego. Nós queremos fazer isso com sustentabilidade, porque o mundo não quer comprar nada de quem não respeite os valores que ele está em busca", afirmou Campos.

Na entrevista, Marina também rebateu críticas de que o governo pernambucano se serve da mesma prática criticada pela aliança --a troca de cargos na administração por apoio legislativo.

"Eu posso falar de uma pessoa que ele convidou que não foi com base na visão patrimonialista: o Sérgio Xavier [secretário de Meio Ambiente] foi convidado para integrar o governo em cima de um programa. O governador mostra o resultado com o testemunho de sua gestão. Se fosse fisiológica, não seria o mais bem avaliado do país", afirmou.

Campos e Marina participam nesta segunda-feira (28) do primeiro encontro entre PSB e Rede para iniciar discussões sobre o programa de governo. Cerca de 150 militantes estão reunidos em um espaço na zona oeste de São Paulo para a discussão. Alguns dos líderes políticos discursaram durante a apresentação dos resultados da discussão.

A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), primeira a falar, foi aplaudida aos gritos de "governadora" por parte dos presentes. Em São Paulo, Rede e PSB enfrentam divergências na composição eleitoral para 2014.

O partido participa do governo estadual do tucano Geraldo Alckmin e tende a apoiar sua reeleição. A Rede não concorda e defende candidatura própria. Erundina já foi objeto de campanha interna de militantes. O cineasta Silvio Tendler, que fez breve discurso, citou as manifestações: "Ouvi 'Erundina governadora', espero que vire verdade".