A extrema direita brasileira surtou de alegria quando Trump (presidnete dos EUA) anunciou que vai revisar os acordos da Lava Jato nos EUA.
Pularam como se fosse Natal, Copa do Mundo e golpe de Estado ao mesmo tempo.
Acham que Trump vai desmascarar Lula com um dossiê saído da cartola do Tio Sam.
Mas, como sempre, erraram de novo — e feio.
Trump não dá a mínima pra Moro, Dallagnol ou os surtos patrióticos da bolha bolsonarista.
Se ele mexer nisso, vai acabar revelando o que a Lava Jato sempre escondeu: os podres dela mesma.
Uma carta enviada nos EUA por Ed Martin, nomeado por Trump para o Departamento de Justiça, questiona a atuação de Andrew Weissmann no caso Odebrecht — Weissmann que, além do caso brasileiro, é conhecido por ter investigado Trump na era Mueller.
O alvo não é Lula, nem política sul-americana, mas o promotor americano Weissmann.
E aqui no Brasil? As críticas feitas por Martin a Weissmann sobre sigilo e falta de transparência no acordo da Odebrecht se aplicam como uma luva ao ex-procurador Dallagnol e sua turma da Lava Jato.
Cooperação “selvagem” com americanos, sigilos que abafaram confissões e impediram reparações às vítimas.
Mensagens vazadas pela Vaza Jato e pela Operação Spoofing mostram que a Força Tarefa atuou em conluio irregular com os EUA — algo que o STF até anulou provas por falta de legalidade, mas sem investigar Dallagnol.
Enquanto isso, o Ministério Público brasileiro e a imprensa preferem fingir que nada aconteceu.
Dallagnol segue postando emojis de oração como se isso bastasse para apagar os podres.
Moro tenta se manter relevante, mas sua popularidade cai mais rápido que coach de TikTok em crise.
E a extrema direita, imersa em delírios, continua vendo conspiração para prender Lula, enquanto a bomba real vai estourar no colo dos heróis da Lava Jato — ex-juiz e procuradores.
Trump, que odeia Weissmann, pode acabar detonando a farsa toda — e deixando a conta para os “justiceiros” brasileiros pagarem.
A Lava Jato, que prometeu o maior combate à corrupção da história, corre sério risco de virar o maior escândalo de abuso de poder e conluio internacional do país.
Se os documentos americanos vierem à tona, o Brasil não vai mais poder fingir que não sabia.
E aí nem o Telegram salva.











