29 de março de 2024
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Para deputado, Lula deve vir ao Estado independente de aliança com tucanos

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A aliança entre PT e PSDB em Mato Grosso do Sul ganha novo capítulo e este não é necessariamente o conto de fadas dos petistas. Na última semana, o jornal Folha de São Paulo publicou uma matéria com declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula de Silva sobre sua participação da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) pela reeleição e dos futuros candidatos do PT a governador.

O saldo do questionamento foi que, em estados como o Mato Grosso do Sul, em que o PT além de não se aliar ao PMDB, reproduzindo a aliança nacional, tenta formalizar aliança com PSDB, o ex-presidente e principal cabo eleitoral do Partido dos Trabalhadores não participará das campanhas, ou seja, o palanque petista no Estado pode ficar sem Lula caso o partido insista em se aliar aos tucanos, tendo o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) como pré-candidato ao Senado.

Embora a notícia tenha intimidado alguns petistas que começam duvidar da aliança com os tucanos, outros, como o deputado estadual Pedro Kemp, acreditam que a pressão da militância do partido pedindo a presença de Lula será maior e o ex-presidente deve ceder. "A presença do Lula é importante porque é o cabo eleitoral mais forte do PT, mas se ele insistir nisso o partido aqui no Estado vai insistir também pedindo a ele que mude de ideia e venha fazer palanque para Delcídio", afirma Kemp.

O deputado também observa que o cenário político no Estado ainda pode mudar e talvez a pressão da nacional do PT sobre os sul-mato-grossenses não se faça necessária. "Acho pouco provável, mas caso o PMDB de fato decida não lançar candidato ao governo do Estado, aí as conversas sobre alianças seriam reabertas, é difícil, mas existe a possibilidade".

Heloísa Lazarini e Dany Nascimento