29 de março de 2024
Campo Grande 23ºC

Petistas afirmam que diálogo com executiva nacional será tarefa dicícil

A- A+

Após a autorização dada pelo Partidos dos Trabalhadores, para tentar uma possível coligação com o PSDB, ambos os partidos estão lutando para conseguir a aprovação da executiva nacional. O deputado estadual Márcio Monteiro e presidente regional do PSDB em Mato Grosso do Sul, afirmou que o pré-candidato a presidência do Brasil, Aécio Neves já disse ser favorável a aliança, porém, o obstáculo agora seria conseguir o aval da presidente Dilma.

O senador Delcídio do Amaral e pré-candidato ao governo do Estado juntamente com o partido afirmava que gostaria de uma aliança centro-esquerda, ao contrário do que acontece com o PSDB, direitista. Para os deputados petistas, Amarildo Cruz e Laerte Tetila, cada estado tem sua peculiaridade, ou seja, para o Mato Grosso do Sul, isso não vai influenciar. “Após muitas conversas com o PSDB, a evolução obtida foi essa”, afirma Tetila.

Amarildo lembrou que em reunião com grandes nomes petistas, primeiramente foi discutido que partidos o PT não gostaria em sua aliança, e por unanimidade a sigla foi a do PMDB. “Conversamos sobre quem era o adversário que não gostaríamos de unir, e ninguém quis o PMDB”, afirma.

A dificuldade será a aprovação da direção nacional. Amarildo afirma que essa não será uma tarefa fácil, porém, de acordo ainda com o parlamentar a nacional não pode impor uma aliança entre o PT e o PMDB no Estado, pois a união das siglas irá respingar nas eleições para a presidência. “ O Estado vai perder as eleições se houver essa aliança aqui”.

Laerte Tetila lembrou que a possível aliança entre o PT e os tucanos já vem sendo conversada há muito tempo, inclusive em viagens feitas por Delcídio e Reinaldo Azambuja, onde ambos conversavam sempre. “Isso não foi uma surpresa. Todos nós já imaginávamos que isso poderia acontecer”. Questionando os parlamentares se a cassação do ex-prefeito Alcides Bernal influenciou nessa decisão, ambos afirmam que não, pois o estreitamento das siglas já acontecia há muito tempo, antes do acontecimento.

Indagados ainda sobre a força que Delcídio e Azambuja têm na Capital e no interior, os deputados acreditam em ambas as situações tanto um quanto outro estão bem colocados, não correndo risco de perder votos. “Essa união só veio a acrescentar”, conclui Amarildo.

Tayná Biazus