A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta 3ª feira (7.out.25) a 2ª fase da Operação Prometeu, que investiga fraudes fundiárias no Pantanal.
A ação ocorre em Corumbá (MS) e inclui mandados de busca e apreensão em diversos endereços. A nota da PF.
- 1ª fase da Prometeu: PF mira grileiros que queimaram Pantanal para exploração da pecuária
Entre os alvos estão servidores públicos federais e municipais suspeitos de participação no esquema.
A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) também é um dos locais investigados.
Segundo a PF, o grupo utilizava documentos falsos para legalizar áreas invadidas ilegalmente.
Funcionários públicos teriam facilitado a regularização em troca de pagamentos indevidos.
As terras sob investigação pertencem à União e somam mais de 8 mil hectares.
A primeira fase da operação identificou queimadas e desmatamento como etapas iniciais do esquema.
Com o avanço das investigações, a PF descobriu a atuação de servidores no processo de legalização das áreas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões em bens dos investigados.
Também foi ajuizada ação para ressarcimento de R$ 725 milhões por danos ao patrimônio público.
Batizada de “Prometeu”, esta é a segunda fase da operação.
Os envolvidos podem responder por grilagem de terras, incêndio criminoso, desmatamento, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa.
A seguir, a íntegra da nota divulgada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em Mato Grosso do Sul (INCRA) sobre a ação da PF em Corumbá:
NOTA DE ESCLARECIMENTO – INCRA/MS
Sobre a operação Prometeu, realizada na manhã desta terça-feira, 7, em Corumbá/MS, a Superintendência Regional do INCRA em Mato Grosso do Sul informa que:
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A instituição foi comunicada da realização da operação, pela PF, no início da manhã;
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Imediatamente foram bloqueados os acessos de todos os investigados aos sistemas do INCRA;
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Determinou-se a todas as unidades administrativas no âmbito desta Superintendência para colaborar com a investigação realizada pela Polícia Federal na busca da elucidação, bloqueio e sanção de possível fraude.
Campo Grande (MS), 7 de outubro de 2025.











