16 de março de 2025
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REFORMA MINISTERIAL

Possível reforma ministerial deve ter Tabata Amaral como Ministra da Ciência e Tecnologia

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O presidente Lula (PT) está avaliando a possibilidade de nomear a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) para o cargo de ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações. A indicação pode ser parte da reforma ministerial que o governo pretende anunciar após o Carnaval, e teria o objetivo de aproximar ainda mais o governo de um nome com forte interlocução no Congresso.

A sugestão de incluir Tabata no Ministério da Ciência e Tecnologia foi apresentada ao presidente por ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda). No entanto, até o momento, a deputada não foi formalmente consultada sobre a proposta, nem pelo governo nem por seu partido.

Conforme o Poder 360, caso Tabata seja convidada e aceite o cargo, a vaga no Congresso abriria espaço para o atual presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, que é suplente de Tabata, assumir uma cadeira no Legislativo, o que deixaria o comando do Ibama sem titular.

Fontes ligadas ao governo confirmaram que a deputada estaria disposta a assumir um ministério, mas não há uma definição próxima sobre essa possível nomeação. O presidente Lula deverá participar pessoalmente do processo de escolha, após as discussões e as consultas feitas aos partidos da base aliada.

Se Tabata Amaral ocupar a pasta da Ciência e Tecnologia, a atual ministra, Luciana Santos (PCdoB), teria que ser realocada. Entre as opções cogitadas para ela está a possibilidade de assumir o Ministério das Mulheres, ou até mesmo deixar o governo, caso a reconfiguração ministerial se concretize.

Quanto ao Ibama, o presidente Lula também estaria considerando a indicação de Márcio Macêdo (PT), atual ministro da Secretaria Geral, para a presidência do órgão ambiental. A troca poderia ocorrer porque, com a saída de Macêdo, o cargo de secretário-geral da presidência seria ocupado por Gleisi Hoffmann, presidente do PT.

A possível nomeação de Macêdo para o Ibama está relacionada ao interesse do governo em agilizar a liberação da pesquisa de exploração de petróleo na região da foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial. Lula tem pressionado o Ibama para que autorize a Petrobras a realizar essas pesquisas, destacando que o órgão não pode atuar de maneira contrária aos interesses do governo, mesmo estando inserido na estrutura pública. Na última quarta-feira (12.fev), em entrevista à Rádio Diário FM, do Amapá, Lula afirmou: "Precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa. Se depois vamos explorar, é outra discussão. O que não dá é para ficar nesse lenga-lenga, o Ibama não pode ser um órgão contra o governo."