O ex-secretário de Obras e Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Édson Giroto, foi condenado pela Justiça por enriquecimento ilícito no âmbito da Operação Lama Asfáltica.
A decisão é do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.
De acordo com a sentença, ficou comprovado que Giroto acumulou patrimônio muito superior aos rendimentos obtidos entre 2007 e 2015, período em que exerceu cargos no Executivo estadual.
As investigações do Ministério Público (MPMS) apontaram movimentações financeiras e aquisições de bens que ultrapassaram R$ 10 milhões, sem origem lícita comprovada.
O magistrado determinou que o ex-secretário devolva R$ 10.776.663,06 aos cofres públicos e pague indenização de R$ 1 milhão por dano moral coletivo.
Além disso, Giroto teve os direitos políticos suspensos por 12 anos e está proibido de firmar contratos ou receber benefícios fiscais do poder público pelo mesmo período. A decisão ainda é passível de recurso.
Atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), Giroto é pré-candidato a deputado federal e participou recentemente de um ato de filiação em Campo Grande, que contou com a presença do presidente nacional da legenda, o condenado do mensalão, do Partido Liberal (PL) da extrema direita brasileira, Valdemar Costa Neto.
Deflagrada em 2015, a Operação Lama Asfáltica investigou um amplo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo fraudes em licitações e superfaturamento de obras públicas.
Segundo o Ministério Público, o grupo teria causado um prejuízo estimado em cerca de R$ 500 milhões aos cofres do Estado, com recursos desviados para compra de propriedades rurais, veículos de luxo e até aeronaves.











