20 de abril de 2024
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Troca de farpas

Vereadora culpa ‘goiano’ por problemas com Solurb e gera bate-boca em sessão na Câmara

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A “crise” entre a prefeitura de Campo Grande e a Solurb esquentou o clima entre vereadores durante sessão ordinária na manhã desta quinta-feira (10) na Câmara de Campo Grande.

Durante a sessão, a paralisação da Solurb, que já dura dois dias, foi discutida no plenário, quando a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) declarou em discurso que o problema de falta de pagamento e a paralisação da Solurb estava atribuída ao “goiano”. Luiza fez referência ao ex-prefeito afastado Gilmar Olarte (PP), investigado pelo Gaeco na Operação Coffee Break pelo suposto acordo e recebimento de pagamentos para tirar o prefeito Alcides Bernal (PP) da chefia do executivo.

Em resposta, o vereador Carlão (PSB) chamou a vereadora de “catraquinha”, fazendo referência  também a um passeio de ônibus feito juntamente com o prefeito Bernal, mostrando os novos veículos de transporte coletivo em 2013. Na ocasião, ela pulou a catraca para se aproximar do prefeito. Em função da discussão, o atual presidente da Casa de Leis, Flávio César (PTdoB) interrompeu as falas, ordenando que os termos fossem retirados pelos respectivos vereadores.

Rebatendo, a vereadora disse que não viu gravidade no que disse, porém retirou o termo, e lembrou que era “apenas um apelido usado por Olarte”. Sob ordem do presidente, o vereador Carlão também retirou os termos usados durante discurso.

Greve

Funcionários da Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo em Campo Grande, paralisaram atividades na última quarta-feira (9). Segundo o sindicato da categoria, a Solurb está com o salário atrasado do mês de agosto, por consequência do atraso da prefeitura há 3 meses, que deve R$ 23,7 milhões à empresa, além da solicitação de reajuste, que deveria ser indexado há 14 meses atrás.

Com a paralisação, a prefeitura notificou a Solurb no fim da tarde da última quarta-feira (9), por meio da Procuradoria Jurídica para que a empresa retornasse aos trabalhos imediatamente. A justificativa é que, por se tratar de serviços essenciais, não podem haver descontinuidade.

De acordo com a assessoria da prefeitura, a notificação é a primeira medida, caso a empresa não cumpra a determinação, a procuradoria irá ingressar na justiça com uma ação cautelar. A prefeitura confirmou que realizará todas as ações necessárias para restabelecer os serviços o mais rápido possível.

Em menos de dois dias, mais de 800 toneladas de lixo estão acumulados em diversas ruas da Capital. A Solurb alega atraso de três faturas e o fim da paralisação depende deste pagamento. Já a prefeitura alega que não existe nenhuma fatura em aberto, por este motivo encaminhou solicitação para que as atividades fossem iniciadas imediatamente.