27 de julho de 2024
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BARBÁRIE | CAMPO GRANDE (MS)

Acostumado a torturar namoradas, Rhayann usou ferro quente no rosto dela e a estuprou por 48h

Reincidente, homem comete nova barbárie contra companheira

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Rhayann Medeiros dos Santos, de 27 anos, sequestrou, torturoumanteve em cárcere e estuprou uma jovem de 20 anos, com quem namorava há 1 ano e 4 meses. Ela foi resgatada da casa do agressor no Bairro Santo Amaro, em Campo Grande (MS), na 2ª.feira (30.jan.23).

Segundo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o suspeito produziu um maçarico artesanal e usou um ferro de passar para queimar o rosto da menina, lentamente. Ela foi torturada dessa maneira por pelo menos 48h, em razão de uma crise de ciúmes de Rhayann.

A delegada titular da Deam, Elaine Cristina Benicasa, detalhou as maldades cometidas pelo indivíduo em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta 3ª.feira (31.jan.23).

Conforme Benicasa, o casal saiu para comemorar o aniversário da jovem, na noite de sábado (28.jan), em uma tabacaria. No retorno para a casa de Rhayann, houve uma briga por ciúmes e a jovem pediu para ser levada embora para a casa dela, mas o rapaz não acatou o pedido. Ela abriu a porta e tentou se jogar do carro, momento em que ele a estrangulou com golpe mata-leão, até ela desmaiar.

Quando acordou, ela já estava na casa do autor sem suas roupas sobre a cama. Houve uma nova discussão e Rhayann progrediu com as agressões, submetendo a jovem a situação de cárcere privado, jogando álcool no corpo dela e fazendo ameaças. Com isso, Rhayann conseguiu amordaçá-la nua e trancá-la no quarto.

Dando continuidade às horas de violência e terror para sua vítima, ele também a queimou com água fervente, a estuprou e produziu um maçarico com um spray e isqueiro, que usou para queimar os lábios dela. O criminoso também usou um aquecedor de carvão de Narguilé para queimar a vítima em várias partes do corpo. Ele seguiu com a sessão de estupro e torturas por toda madrugada até o dia 29 de janeiro.

Por volta das 17h do domingo (29.jan.23), após a vítima reclamar de muita dor, o criminoso saiu para comprar remédio. Era a oportunidade de ela escapar, mas ele confiscou o celular dela e a manteve trancada no cômodo.

Já na 2ª.feira (30.jan), Rhayann trancou sua vítima e saiu para ir trabalhar numa empresa onde é fauncionário. Na ocasião, o criminoso esqueceu o celular da jovem no local. Reunindo as últimas forças, a jovem conseguiu achar seu celular e pedir socorro ao irmão. O familiar de imediato acionou a Polícia Militar.

Quando os militares chegaram no imóvel e acionaram Rhayann, ele argumentou que estava com uma outra mulher em sua casa e que desconhecia o paradeiro da jovem de 20 anos. Entretanto, por uma fresta na janela, o irmão da vítima a viu enrolada em um lençol e a reconheceu, lá dentro, de onde vinham murmúrios de alguém que parecia estar agonizando de dor.  
A polícia então entrou na casa confirmando que lá estava a jovem. Próximo dela, foi localizado um saco de lixo preto com fita usada para amarrar a menina e os instrumentos usados na tortura.

A vítima foi resgatada e levada uma unidade de saúde, onde narrou as situações repassadas pela delegada.

Com isso, a polícia localizou e deu voz de prisão a Rhayann. Ele foi preso e autuado por cárcere privado, sequestro, tortura e estupro e levado para a Deam. 

ACOSTUMADO A TORTURAR MULHERES

Essa não foi a primeira vez que Rhayann cometeu barbárie contra uma pessoa do sexo feminino com quem teve relacionamento. Em maio de 2019, a vítima dele foi uma ex-namorada de 19 anos. Na época, o criminoso contou com a ajuda de uma amigo para sequestrar, agredir e manter em cárcere privado a menina.

Ela também foi encontrada nua, enrolada a um lençol, na casa do criminoso, que vivia na Vila Almeida naquele ano.  Após ser resgatada, a jovem disse não ter sido estuprada, mas citou a violência física. Ela tinha sinais de mordidas, socos e tapas.

Na época, dois dias depois da prisão de Rhayann e o amigo, a Justiça os concedeu liberdade. Eles somente ficaram proibidos de se aproximar da jovem e tiveram que participar de 16 encontros do Grupo de Reflexão para Homens, que tratava de violência doméstica.