Doralice da Silva, de 42 anos, foi assassinada com um golpe profundo de faca no pescoço, dentro de casa, na Vila Juquita, em Maracaju, na noite de 6ª feira (20.jun.25). O principal suspeito do feminicídio é o companheiro dela, Edemar Santos Souza, de 31 anos, que fugiu do local e se apresentou à Polícia Militar neste sábado (21.jun.25), negando o crime.
Segundo a perícia, Doralice foi quase decapitada e a cena do crime apresentava sinais de tentativa de limpeza, com marcas de sangue parcialmente removidas e um pano ensanguentado no chão. O corpo foi encontrado pela filha da vítima, que acionou a polícia ao chegar na residência.
Vizinhos relataram que ouviram gritos por volta das 22h30, mas não chamaram ajuda, acreditando que seria mais uma das frequentes discussões entre o casal.
Ao se apresentar, Edemar afirmou que havia saído com Doralice para o mercado e, após uma briga, resolveu terminar o relacionamento. Ele alegou que um homem desconhecido o ajudou a retirar seus pertences da casa em uma carriola, e que esse mesmo homem teria ficado com Doralice.
No entanto, a versão não se sustentou, já que seus documentos e celular foram encontrados em uma rua fora da rota informada, e a casa da vítima não apresentava sinais de invasão.
Apesar das brigas recorrentes, Doralice nunca registrou boletins de ocorrência contra Edemar. Ela possuía uma medida protetiva contra um ex-marido, com quem já não mantinha contato. Segundo a polícia, a mãe de Edemar também já teve medida protetiva contra ele. O caso é investigado como o 16º feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul.











