08 de dezembro de 2025
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SEGUNDA AUTÓPSIA

IML do Rio confirma queda como causa da morte de Juliana Marins

O documento confirma que a causa da morte foi uma hemorragia interna, provocada por múltiplas lesões em órgãos vitais

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu a investigação sobre a morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos. O laudo final do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que ela morreu em decorrência de uma queda de grande altura durante uma trilha na Indonésia.

O documento confirma que a causa da morte foi uma hemorragia interna, provocada por múltiplas lesões em órgãos vitais. O impacto de alta intensidade teria afetado crânio, tórax, pelve, abdômen, membros e a coluna vertebral.

De acordo com os peritos, todos os ferimentos são compatíveis com um único evento traumático. A análise indica que Juliana sobreviveu entre 10 e 15 minutos, mas não tinha condições de se mover ou pedir socorro.

O laudo brasileiro ratifica a avaliação feita pelas autoridades indonésias, que já indicavam acidente fatal. O horário exato da queda, porém, segue indefinido, já que o corpo só foi localizado quatro dias depois.

A perícia também descartou qualquer indício de agressão, luta ou contenção antes do acidente. As escoriações foram atribuídas ao contato com o terreno após o impacto, reforçando a hipótese de queda solitária.

Não foram detectadas substâncias ilícitas ou sinais de desnutrição e exaustão extrema. O documento também aponta sinais de ressecamento ocular e lesões musculares, típicas de trauma de grande intensidade.

O relatório técnico destaca que fatores ambientais podem ter contribuído para o acidente. O isolamento da área e o desgaste emocional podem ter comprometido a segurança da trilha.

A autópsia foi solicitada pela família com apoio da Defensoria Pública da União. Os parentes queriam esclarecer dúvidas sobre o atestado de óbito emitido pela Embaixada em Jacarta.

Uma das preocupações era se Juliana poderia ter sido resgatada a tempo. Imagens de drones chegaram a sugerir que ela ainda estava viva em uma área de difícil acesso, levantando suspeitas de omissão.

Com o inquérito concluído, a Polícia Civil e o IML encerraram o caso do ponto de vista criminal. A morte de Juliana Marins foi oficialmente classificada como acidental.