Ivan Lúcio Rodrigues, de 53 anos, fundador do Instituto Maná do Céu, foi encontrado morto na tarde da terça (4.mar.25) em sua casa dentro do residencial Malibu, no Bairro Coophamat, em Campo Grande (MS).
A causa da morte não foi divulgada, mas Ivan enfrentava problemas de saúde relacionados ao coração.
Nascido em São Paulo, mais conhecido como Ivan Rodrigues "Brow", ele era membro da Assembleia de Deus Emanuel e fundou o Instituto de Desenvolvimento Humano, Social, Econômico e Cultural Maná do Céu para os Povos em 2009. A ONG tinha como objetivo auxiliar pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A morte do pastor gerou comoção nas redes sociais. O Instituto Maná do Céu publicou uma nota de pesar, destacando seu legado. "Com imenso pesar, nos despedimos daquele que sonhou, fundou e dedicou sua vida ao Instituto. Seu coração generoso e determinação transformaram muitas vidas", disse a entidade.
Amigos e familiares também prestaram homenagens.
Carla Rodrigues descreveu a luta social de muitas décadas em que Ivan se empenhava. "Há 12 anos, estávamos lutando pela inclusão digital das pessoas em situação de vulnerabilidade social! Seu legado jamais será esquecido", disse a amiga sobre as imagens abaixo:
Unidade I - ETMtv/CESUMAR Curso de bacharel em teologia, o qual Ivan fez parte. Foto: ArquivoMary Deleon, mencionou a desvalorização de lutas a quais Ivan foi prtagonista: "Nós construímos um bairro, formamos cada pedaço desse chão, e quando nossa morte chega, as nossas lutas se acabam. Para a família que deixamos para atender as comunidades, fica o esquecimento do poder público e social. Sabe, é triste saber que as histórias de muitos são esquecidas, primeiro por quem mais ajudamos, depois pela sociedade. É muito triste . Às vezes acho que as lideranças que só pensam em si têm muito mais valor. Vejo pelos líderes que hoje trabalham pela sociedade: quando chegam ao poder, esquecem suas origens e a confiança que suas comunidades depositaram neles. Hoje não é mais mérito ser comunitário, hoje não é mais mérito ser eleito pela comunidade, porque um verdadeiro líder trabalha pelo coletivo e não por si. Às vezes tenho essa reflexão e cada vez mais sinto vergonha de ser certa em um mundo onde o certo é errado e o errado é certo. Triste , mas o líder se vai e mais uma vez sua história será esquecida . Infelizmente, é nojenta a política, é nojento o que as políticas públicas têm se tornado nessa cidade. O orgulho se foi com quem morreu sem conseguir vencer o sistema. Quantos mais precisarão morrer para que o último grito seja ouvido? Quantas tristezas serão necessárias para que possamos ressurgir como uma fênix? Não temos duas chances e a pressa será somente de quem realmente tem compromisso com a verdadeira família comunitária. Meu desabafo vem de desespero e fraqueza, porque sei que ninguém mais tem essa visão e nem se importa com ninguém. O poder é o único ator principal dessa história que carregamos. Infelizmente, mais um se foi e mais um será esquecido, como Cleo Damião, Maria Bezerra, Pr. Beto, Pr. Ivan Rodrigues, e sua história não será mais contada, até foi esquecida por muitos candidatos eleitos por eles. É com muita tristeza que me vejo assim no futuro. Com muita tristeza, me despeço do meu querido amigo , em forma de desabafo. Um líder nasce líder e morre líder", desabafou.
O jornalista Alex Fraga também lamentou a perda do amigo. "2025 está complicado. Acabei de receber a notícia de que mais um amigo fez sua passagem. Meu querido Ivan Rodrigues, fundador do Instituto Maná do Céu. Estou chocado. Ivan era um cara do bem, sorridente e que lutou muito pelos mais necessitados! Meu Deus! Tristeza profunda. Ainda sem acreditar! Esta foto é com sua querida irmã, Carla Rodrigues. Que Deus o receba de braços abertos", disse Fraga na legenda da imagem abaixo:

Deusita Gomes dos Santos, amiga de Ivan, lembrou seu compromisso com os necessitados. "Ele combateu o bom combate e hoje recebe a coroa da justiça", escreveu.
A irmã de Ivan, Carla Rodrigues, também se despediu nas redes sociais. "Meu pastor, meu maior incentivador e mentor. Quando você não me respondeu, eu sabia que o pior havia acontecido", publicou.
Além de carreira nas causas sociais, de recuperação de pessoas dependentes de drogas, em 2016, Ivan tentou se eleger vereador pelo extinto PROS (atualmente Solidariedade), obtendo 877 votos, mas não foi eleito.








