Diego Hernan Dirísio, um argentino que vive no Paraguai é o principal alvo da Operação DAKOVO deflagrada nesta 3ª feira (5.dez.23) pela Polícia Federal (PF) do Brasil. Ele é considerado pela PF o maior contrabandista de armas da América do Sul, ainda não foi encontrado.
Segundo a investigação, Dirísio lidera um grupo suspeito que forneceu 43 mil armas para os líderes das maiores facções do país — Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho — movimentando R$ 1,2 bilhão. Neste período foram realizadas 67 apreensões que totalizam 659 armas apreendidas no território brasileiro, apreensões estas realizadas nos dez seguintes estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.
Até o momento, cinco envolvidos no crime foram presos no Brasil e 11 no Paraguai.
A ação envolve 25 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai.
A Justiça da Bahia, que conduz a operação, determinou que os alvos de prisão que estiverem no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol e, se forem presos, sejam extraditados para o Brasil.
Conforme a PF, a investigação começou em 2020, quando pistolas e munições com o número de série raspado foram apreendidas na Bahia. Três anos depois, descobriu-se um esquema de contrabando de armas com a importação de mais de 16.000 armas de fabricantes na Croácia, República Techa, Eslovênia e Turquia pela empresa IAS, com sede no Paraguai e propriedade de Diego Dirísio. As armas foram vendidas para facções brasileiras no Rio de Janeiro e São Paulo.
As investigações indicam corrupção e tráfico de influência na Direccion de Material Belico (DIMABEL), órgão paraguaio responsável por controlar e fiscalizar o uso de armas, e a suspeita de envolvimento do general Arturo Javier González Ocampo, que foi preso.
PARCERIAS
A operação é realizada pela Polícia Federal em parceria com Ministério Público Federal e cooperação internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) com o Ministério Público do Paraguai. A ação contou ainda com a Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições (FICTA), que é composta pela Homeland Security Investigations (HSI), Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.
ALVOS
O processo está em curso na 2º Vara Federal de Salvador/BA, a qual expediu 25 mandados de prisões preventivas, 06 ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão em três países, Brasil, Paraguai e Estados Unidos. No Brasil, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Sorocaba/SP, Praia Grande/SP, São Bernardo do Campo/SP, Ponta Grossa/PR, Foz do Iguaçu/PR, Brasília/DF e Belo Horizonte/MG.
RESULTADO DA OPERAÇÃO CONJUNTA DE BRASIL, PARAGUAI E ESTADOS UNIDOS
A operação conjunta, resultou em:
Durante a operação, foram apreendidos: