26 de abril de 2024
Campo Grande 29ºC

Sem acesso

Catadores organizam “panelaço” em protesto ao fechamento do lixão

A- A+

Os catadores de recicláveis que trabalham com material recolhido no aterro sanitário no bairro Dom Antônio Barbosa organizam um “panelaço” como forma de protesto, caso o local seja fechado como prevê determinação da Justiça de Mato Grosso do Sul. A data para fechamento é dia 28 deste mês. A manifestação está programada para acontecer na próxima segunda-feira (29) em frente à Prefeitura de Campo Grande.

A partir da próxima semana, o acesso dos catadores à ‘área de transição’será bloqueado. A determinação é do juiz em substituição legal na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Marcelo Ivo de Oliveira. A decisão determina que os catadores poderão atuar apenas na Usina de Triagem de Resíduos (UTR), organizadas em cooperativas. Em caso de descumprimento, será aplicada multa de R$ 10 mil por dia aos catadores.

Panelaço

Segundo os trabalhadores de reciclagem, a lei nº 12.305 de Política Nacional de Resíduos Sólidos, que ampara a categoria não vem sendo cumprida na Capital. Eles alegam que “a Prefeitura e a Justiça vêm favorecendo uma empresa e não os catadores”, reclama um dos trabalhadores, que não quis ser identificado com medo de represália.

Ainda conforme o trabalhador, hoje são 725 catadores que atuam na área de transição, porém, eles alegam que a UTR não comporta os trabalhadores. As quatro usina acomodam 420 trabalhadores nos três turnos de oito horas. Entretanto, as lideranças reclamam que os rendimentos dos trabalhadores cooperativados caem bastante. Por esta causa que os trabalhadores organizam o protesto reivindicando que o local não seja fechado.

“Se não for resolvido nosso problema. Nós vamos fazer um panelaço em frente à Prefeitura e Câmara”, avisa um dos trabalhadores. Em turno os trabalhadores conseguem tirar em média R$ 1.200 por mês, com carga horária de oito a nove horas por dia.