26 de abril de 2024
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AL constrangida: falta de gabinete pode afastar deputada

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Reaberta há três semanas após o recesso de final de ano, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul passa por situação constrangedora que prejudica um dos 24 parlamentares da atual legislatura. A deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB) até hoje não tem seu próprio gabinete.

Ao contrário de seus outros 23 colegas, que dispõem de salas amplas e estrutura básica de trabalho, Antonieta ocupa um pequeno espaço, com uma recepção e a acanhada sala ao lado de um posto bancário, onde improvisou algumas coisas pessoais. Sem o banheiro privativo que há em cada gabinete, quando é preciso ela utiliza um dos disponíveis nos corredores e até o da presidência da Casa.

O gabinete destinado à peemedebista era ocupado na legislatura anterior pelo deputado Márcio Fernandes (PTdoB). Reeleito, mudou-se para outra sala para acomodar-se melhor. A que ocupava deixou para Antonieta, mas sem telefone e nenhum equipamento básico e necessitando de reformas, que começaram a ser feitas e devem ser entregues nos próximos dias.

O problema é que a Assembleia está funcionando desde o dia 1º deste mês, quando foi eleita a Mesa Diretora, na qual as funções específicas definem a 1ª secretaria como a responsável pela organização e funcionamento da estrutura de serviços do Poder. Sem as condições adequadas de trabalho, Antonieta vinha respondendo pelo expediente do jeito que podia.

No entanto, os problemas de mobilidade interna, sem conforto, desprovida de mecanismos indispensáveis como telefonia e espaço de privacidade, o atendimento externo e a atividade da assessoria foram sensivelmente prejudicados. O quadro pode obrigá-la a adotar uma solução drástica, a de não comparecer ao Palácio Guaicurus por um impedimento prosaico: falta de condições dignas de trabalho. As providências já foram cobradas pela presidência da Mesa, ocupada pelo deputado Júnior Mochi (PMDB) ao 1º secretário, o deputado Zé Teixeira (DEM).