26 de abril de 2024
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DENÚNCIA

Acadêmicos passam fome em UFMS que proíbe vendas de alimentos

Servidor chegou a tomar pertences de um jovem que fazia lanche coletivo próximo ao Bloco 6 do Campus

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Acadêmicos de vários cursos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), denunciam que a faculdade proíbe vendas de alimentos veganos dentro da unidade, no entanto, a própria instituição de ensino não estaria oferecendo opções para os adeptos ao veganismo. Segundo alunos, até mesmo os consumidores de alimentos considerados mais "comuns", sofrem com a escassez de opções de alimentos dentro do Campus. 

Alunos que preferiram não se identificar, denunciam o coronelismo dentro da Universidade, de acordo com os jovens, além de não oferecer os alimentos, a universidade proíbe a comercialização dentro da unidade. Estudantes explicaram ao site, que o contrato de licitação de terceirizadas para oferecer alimentos venceu e até o momento não foi possível a abertura de nova licitação. "Eu cheguei a ser agredido por um guarda que tomou meu pertences, filmaram tudo, nós apenas levamos o lanche e era coletivo, para que é vegano, pagava quem pudesse", disse um aluno. 

Na ocasião, os jovens se reuniram, foram até a reitoria, que acabou permitindo que aquele grupo em especial levasse a comidinha para se alimentarem. O guarda que foi agressivo com o jovem foi remanejado de bloco, já que não pode ser despedido pela universidade.   

A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, tem um Campus enorme e isso dificulta o trânsito dos alunos de um bloco para outro, segundo os estudantes, um dos blocos não oferece nenhuma opção de alimentação. "O bloco 6 não tem nem para veganos e nem para ninguém, há um trailer de comida comum e outro bloco bem distante do nosso, a gente fica aqui morrendo de fome, ou vai no outro bloco e perde aula", detalhou uma jovem. 

Ainda segundo os alunos, o que é pedido é um consenso. "Queremos que ou a Universidade oferece a alimentação, tanto para nós veganos, quanto para os não veganos, e que, se não for possível isso agora, pelo menos por hora, diante da situação econômica do Polo, esta possa nos permitir vender, fazer lanches coletivos, mas para não ficarmos com essa situação estranha e desagradável dentro da Universidade", apelou outro acadêmico.  

Equipe do MS Notícias, entrou em contato com a UFMS no dia 24 de maio, mas até a publicação desta reportagem não recebemos nenhum posicionamento.