26 de abril de 2024
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Brasil é referência mundial em aleitamento materno

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A Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) classificou nesta quarta-feira (2) a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano como referência mundial em aleitamento materno. Com esta classificação, o Brasil ocupa uma posição de destaque em relação a nações de alta renda como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Espanha e China, em função das políticas públicas adotadas há pelo menos 30 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, dentre os 292 bancos de leite humano existentes no mundo, divididos entre 21 países das Américas, Europa e África, 72,9% estão implantados no Brasil, o equivalente a 213 bancos de leite.

Em Mato Grosso do Sul, cinco bancos de leite integram a rede nacional sendo quatro em Campo Grande (Hospital Regional, Hospital Universitário, Santa Casa e Maternidade Candido Mariano) e 1 em Dourados (Hospital Universitário). A rede de bancos de leite de Mato Grosso do Sul é uma das referências nacionais sendo credenciada duas vezes consecutivas (2013/2014) com selo ouro de qualidade nas ações voltadas ao aleitamento materno.

Inaugurado em 2011, o Banco de Leite do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) em Campo Grande é a mais nova entre das cinco unidades em todo Estado. O Banco de Leite do HRMS é responsável pelo atendimento ao Complexo Materno Infantil, dando suporte aos bebês na Unidade de Tratamento Intensivo, Unidade Intermediária, Centro de Terapia Intensiva Pediátrico e Método Canguru. O Banco também é responsável pelos trabalhos de coleta em domicílio da Capital, contando com uma parceria do Corpo de Bombeiros no auxílio ao atendimento às doadoras. Atualmente o banco de leite do HRMS conta com uma coleta de 60 litros mensais e possui em seu cadastro cerca de 50 doadoras.

Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções, diarreias e alergias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. O aleitamento materno também diminuiu o risco de doenças como hipertensão, colesterol alto, diabetes, obesidade e colesterol. O benefício também se estende à mãe, que perde peso mais rapidamente após o parto e ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, o que diminui risco de hemorragia e anemia.

Além disso, uma série de evidências científicas mostra que o leite materno é capaz de reduzir em 13% as mortes por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a OMS e a Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas por ano devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva. O leite materno tem tudo o que a criança precisa até os seis meses, inclusive água.