26 de abril de 2024
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PANDEMIA

Com Alto Cine da UFMS parado, empresas testam adesão do drive-in na Capital

Há 3 anos, a Reitoria da Universidade chegou a ensaiar uma parceria com o Sesc, mas não avançou

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O Secretário de Cultura e Turismo de Campo Grande, Max Freitas, disse que sai em 28 de junho a resposta sobre a possibilidade de reativação do Alto Cine localizado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), sem funcionamento há 31 anos. A proposta de reativação é uma ação da Secretaria, da UFMS e da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. A volta das exibições no local promoveria sessões de cinema gratuitas. Em 9 de dezembro de 2019, uma comissão do SESC/MS visitou a área do Auto Cine para avaliar o que seria necessário para resgatar o espaço.

Enquanto a resposta é aguardada, algumas empresas já “testam” adesão de campo-grandenses para as sessões de cinema ao ar livre. No último dia 12 de junho, Dia dos Namorados, aconteceu sessão uma sessão de cinema ao ar livre, no estacionamento do Fort Atacadista do Coronel Antonino, às 21h45. Nesta ação, a rede de alimentos teve como parceiro à realização o Sesc Cultura e pode então oferecer a sessão cobrando como entrada apenas 5kg de alimentos não perecíveis. "Fui nesse evento do cine drive-in do Fort/Sesc, no dia dos namorados. Foi ótimo. Projeção ótima, som excelente, filme bom. Estava cheio e bem organizado. Carros em posições previamente marcadas, respeitando distanciamento. A Entrada e saída dos carros sem tumulto. Lanche de graça, em embalagem bacana e saboroso. Aquisição de ingresso bem estruturada, flexível. Foi excelente”, relatou uma das participantes em um grupo de cineastas e artistas de Mato Grosso do Sul.    

Outro projeto que traz o drive-in para a atualidade em Campo Grande é o Cine Bosque Drive-In, do Shopping Bosque dos Ipês, projeto promovido em diversos países e cidades brasileiras, que visa promover o entretenimento de forma segura durante o período de pandemia. 

Com programação divulgada neste fim de semana, o Cine Bosque deve fazer a exibição dos filmes "John Wick: Um novo dia para matar", "La la land", "Até que tenha sorte nos separe 3", "Rock Dog - No faro do sucesso” e “A maldição da casa Winchester”. (VEJA AQUI O CRONOGRAMA)

O valor cobrado nos ingressos custam R$ 60 a totalidade, mas levando um quilo de alimento não perecível o preço cai para R$ 30, o mesmo valor da meia-entrada para quem tiver o direito. O preço é cobrado por pessoa e não por veículo. Crianças de até 7 anos não pagam e o estacionamento não será cobrado. Os ingressos podem ser comprados pelo hotsite www.hojeeumereco.com. A partir da compra, o cliente receberá um QR Code que poderá ser apresentado para acessar a sessão.

Cada carro poderá ter no máximo 4 pessoas, se todas elas pagassem meia entrada, a sessão sairia por R$ 120. Caso as mesmas 4 pessoas pagassem o valor ‘cheio’, a sessão sairia por R$ 240.

Segundo o Bosque dos Ipês, o valor cobrado considera gastos da operação. “O preço dos ingressos é baseado nos custos da operação. Foram disponibilizadas também opções de meia entrada, em caráter solidário, mostrando assim o valor social da ação”, disse.

O valor praticado no mercado nacional ao drive-in na atualidade é em média de R$ 100. Preço pouco acessível ao cidadão que atravessa essa pandemia. Nesse contexto, a aprovação da reativação do Alto Cine cairia bem aos campo-grandenses.

ALTO CINE

O Auto Cine (drive in) foi criado em 1972, e apesar de funcionar dentro da Universidade, inicialmente pertencia à Rede Pedutti, responsável por escolher os filmes exibidos e por contratar os funcionários.

Com capacidade para até 128 carros, além de arquibancada para quem estava à pé, o Auto Cine possuía lanchonete, sala de projeção, pátio com postes em formato de chapéus onde ficavam os alto-falantes, o telão de cinema, portaria e bilheteria.

Os recursos provenientes dos ingressos eram revertidos para a compra de livros para a Biblioteca Central e as de outras unidades da Universidade. O Auto Cine, antes muito procurado por casais de namorados, está desativado desde 1989.