26 de abril de 2024
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Mato Grosso do Sul já vendeu quase 40% da soja que ainda vai plantar

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Levantamento realizado pela Granos Corretora e citado no mais recente boletim Casa Rural divulgado pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) revela que até segunda-feira (6) o agronegócio estadual já havia comercializado 39,94% da safra de soja 2020/21, que só deverá começar a ser plantada após a colheita do milho.

No comparativo com igual período do ano passado, referente ao ciclo 2019/20, houve aumento de 23% no volume comercializado de oleaginosa.

Já com relação às vendas da safra colhida neste ano, que totalizou 11,3 milhões de toneladas graças à produtividade média ponderada de 55,7 sacas por hectare em meio aos 3.389.659,38 de hectares cultivados, a Granos Corretora indica que até 6 de julho houve a venda de 91%, avanço de 18% na comparação com o ciclo 2018/19.

EXPORTAÇÕES

O boletim Casa Rural da Famasul detalha ainda que somente em junho as exportações de soja em grãos totalizaram 623 mil toneladas e renderam US$ 207,1 milhões ao agronegócio sul-mato-grossense.

Com isso, o volume acumulado no ano já chega a 3,2 milhões de toneladas e a receita a US$ 1 bilhão. Com isso, houve alta de 43,7% na quantidade e de 37,6% no faturamento em relação ao igual período de 2019.

Principal comprador da soja produzida em Mato Grosso do Sul, a China importou 2,5 milhões de toneladas pelas quais pagou US$ 875 milhões. Em segundo lugar no ranking de parceiros comerciais do Estado no mundo, a Argentina comprou 307,2 mil toneladas, por US$ 97,9 milhões.

MILHO

Com relação ao milho segunda safra, que teve 1,900 milhão de hectares cultivados em solo sul-mato-grossense, a Granos Corretora revelou que até segunda-feira houve a comercialização de 45,90%, avanço de 5% no comparativo com o ciclo anterior.

A Famasul estima que a produtividade seja de 72 sacas por hectare e a produção de 8,208 milhões de toneladas. Segundo a entidade, a quebra em relação à safra passada, quando foram colhidos 12,157 milhões de toneladas, é “impactada primeiramente pela implantação de 71% das lavouras até 13 de março, que era a melhor janela para plantio”.

“O fator determinante para que haja essa redução de produtividade é o clima, com estiagens e irregularidades nas chuvas, pois podem prejudicar o desenvolvimento fenológico e reprodutivo da cultura”, pontua.

MERCADO INTERNACIONAL

Quanto às exportações, o cereal teve 156,9 mil toneladas vendidas no mercado internacional de janeiro a junho, o que rendeu faturamento de US$ 27,5 milhões. No comparativo com 2019, houve queda de 63,55% no volume e de 63,78% na receita.

Principal destino das exportações de milho sul-mato-grossense neste ano, Taiwan 67,9 mil toneladas e pagou US$ 11,1 milhões, enquanto o Japão importou 62,5 mil toneladas e injetou US$ 10,7 milhões na economia estadual.