03 de maio de 2024
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Nova Alvorada do Sul: único hospital da cidade sofre com falta de medicamentos e materiais cirúrgico

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O prefeito de Nova Alvorada do sul, Juvenal Assunção Neto (PSDB), o de queixas da população. Desta vez, depois de ser investigado por superfaturar preços de alimentos adquiridos pela prefeitura para merenda escolar sem entregar aos alunos os alimentos comprados, o tucano virou alvo de mais críticas por descaso para com a saúde do município.

O único hospital que existe em Nova Alvorada do Sul é o Hospital Francisco Ortega se encontra em precárias condições conforme relatos de funcionários e pacientes. De acordo com um paciente que procurou a equipe do MS Notícias, por falta de pagamento de salários aos médicos e enfermeiros, o hospital ficou praticamente abandonado sem profissionais nos últimos três meses.

Embora o prefeito tenha acertado os três últimos salários atrasados na semana passada, as férias ainda não foram pagas e faltam muitos medicamentos e materiais cirúrgicos no hospital, o que compromete o atendimento seguro e de qualidade aos pacientes. O MS Notícias teve acesso, com exclusividade, à lista de medicamentos em falta do hospital.

Ceftriaxona, usado para tratar infecções urinárias, infecções de pele e nos rins. Dramin, frequentemente usado por mulheres grávidas para combater náuseas e dores de cabeça. Outro remédio em falta é Dipirona, usado para combater febre especialmente de crianças.

Além destes, há mais de três meses, não existe no hospital Dimeticona, usado em recém nascidos para combater gases. Outro medicamento em falta é o Eritromicida, usado para tratar de doenças como sífilis e gonorreia. Anti-inflamatórios básicos como Ibuprofeno também estão em falta há meses e pacientes apenas recebem uma receita e são obrigados a comprar os remédios.

 Os pacientes que sofrem de hipertensão são um dos principais prejudicados, pois o Metildopa, principal remédio usado no controle da pressão arterial não pode ser encontrado no hospital. Além dele, Amitriptilina medicamento utilizado no combate à depressão também está em falta.

Além de remédios, materiais cirúrgicos como seringas de dez ml, usadas para aplicação de medicamentos e injeções não existem no hospital há três meses assim como fios de sutura e coletores para exame. Segundo funcionários do Francisco Ortega, nem materiais de limpeza têm sido entregues pela prefeitura.

Os funcionários e alguns pacientes que denunciaram o caso contam que já procuraram a prefeitura diversas vezes para reclamar e pedir ajuda, mas nunca foram recebidos pelo prefeito nem pela secretária municipal de saúde Adeliza Abrami.

Heloísa Lazarini