26 de abril de 2024
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Produtor rural aposta na aviação agrícola para atender demanda de lavouras em Sidrolândia

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Há muito tempo o produtor vem se transformando num empresário rural. A visão empresarial no campo é mais que conceitual quando se trata da gestão do negócio. O produtor rural Lucio Basso, que administra uma das fazendas da família Basso, a Recanto, é um bom exemplo. Para que qualquer atividade econômica funcione de acordo com as expectativas, os investimentos serão sempre necessários. O agronegócio é de longe, um dos setores de maior importância econômica. De um modo geral, é sempre assim: quanto mais se investe, maiores os resultados. Apesar disso, o volume de investimentos não é nada, se não for utilizado com sabedoria e objetividade. Só para se ter uma ideia do que representa, em 2013 a economia brasileira cresceu 2,3%, conforme dados divulgados pelo IBGE. Em valores, a soma das riquezas produzidas pelo país chegou a R$ 4,84 trilhões. O destaque ficou para a produção de bens de consumo que representou 7% no crescimento do PIB, contra 1,3% da indústria e 2% do setor de serviços. Com produção em alta, surgimento de novas e modernas tecnologias, o homem do campo cada vez mais investe em equipamentos pesados na agropecuária. Para comprovar esta tese, a reportagem do Região News foi conhecer a pista de pouso, hangar e toda infraestrutura da fazenda Recanto, onde a Fundação MS realiza todos os anos, experimentos com variedades de milho e soja. Técnicos, especialistas e um grupo de aproximadamente 400 produtores rurais do Estado, estiveram reunidos na manhã de ontem em Dia de Campo na propriedade de Lucio Basso, conhecida no setor pelo seu alto desempenho de produção. Aviação Na propriedade, que deve iniciar colheita do milho safrinha só no mês de julho, desta vez, a vedete dos produtores não foi à lavoura do milho, com perspectiva de colheita acima dos 120 sacas por hectares, e sim, os investimentos do produtor num dos setores que os auxiliarão em suas propriedades; a aviação agrícola. A atividade é grande aliado do produtor desde a década de 40, mas em Sidrolândia, a Inovar (empresa aeroagrícola) é a primeiro a entrar em atividade com estrutura para locação. Ao todo são três aeronaves, duas com capacidade para 2 mil litros cada. Em dias normais, é possível pulverizar mais de 1000 hectares de cultivo ao custo médio de R$ 20,00 por hectare. Lucio Basso explica que há no mercado variação de preço de R$ 18,00 a R$ 22,00 pagos a locação das aeronaves. A logística para o reabastecimento dos aviões é um fator de flutuação dos valores. “Há demanda no setor. Cada produtor tem sua forma de calcular as aplicações, mas num geral, da forma tradicional com uso de pulverizadores, este custo não baixa dos R$ 15,00 por hectare, podendo chegar a R$ 20,00 se computados despesas de mão de obra, depreciação do maquinário, quebra da lavoura, além da manutenção e combustível”, afirma. Em sua avaliação, o uso de aviões na pulverização é mais eficaz, rápido e menos embaraçoso para o produtor. “Há muito tempo não uso em nossas propriedades a forma convencional”, comenta Lucio enfatizando que resolveu investir no setor em sociedade com o empresário, Jacob Mevil, dono da Global Produtos Agropecuários. O produtor evita falar nos investimentos feitos até agora, mas calcula-se que tenha ultrapassado a casa dos R$ 6 milhões. Região News