26 de abril de 2024
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Promotor do Paraguai diz que granada jogada em rádio Amambay é brasileira

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Informou nesta terça-feira (13), o promotor chefe do Paraguai, Javier Días Verón, que as granadas jogadas contra a rádio Amambay, na noite da sexta-feira (09) em Pedro Juan Caballero, eram de origem brasileira.

A granada explodiu sobre o estúdio e provocou ferimentos leves na locutora que apresentava o programa e também em um entrevistado. Outras duas não chegaram a explodir e foram recolhidas pelo esquadrão no telhado do estúdio.

Os irmãos Robert Acevedo, senador e presidente do Congresso paraguaio, e José Carlos Acevedo, prefeito de Pedro Juan Caballero são os donos da emissora e com forte ligação política.

Javier Díaz Verón anunciou a mídia que a segurança da família de Robert Acevedo foi reforçada após o atentado.  E ainda na noite de sexta, José Carlos Acevedo recebeu uma mensagem no aplicativo Whatsapp afirmando que o próximo alvo seria o senador.

A mensagem, em português, foi enviada de um celular registrado em nome de Victoriana Benitez de Ayala (58), moradora em Ciudad del Este, que foi detida em casa e levada a Pedro Juan Caballero para dar explicações, mas não soube dizer porque o chip do telefone foi cadastrado em seu nome.

Verón e Acevedo participaram de uma reunião ontem em Assunção com outros parlamentares paraguaios e com o ministro do Interior, Francisco de Vargas, para discutir a guerra entre narcotraficantes na fronteira seca com Mato Grosso do Sul.

Pavão sob suspeita 

Após a reunião, Vargas disse não descartar a hipótese levantada pelo senador Robert Acevedo, de que o atentado à rádio foi apenas para desviar a atenção de outros crimes na região, mas reforçou a suspeita de que o ataque tenha sido ordenado pelo narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, que está preso no Paraguai.

Pavão que foi preso em uma operação liderada pelo próprio Vargas em 2010, Francisco Vargas relata ainda que ele próprio esta sob ameaças.