20 de abril de 2024
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Audiência Pública sobre Pegada Ecológica contará com a WWF Brasil

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Diana Christie com assessoria

Audiência Pública que será realizada a partir das 14h de hoje na Câmara Municipal para debater a Pegada Ecológica contará com representantes da WWF Brasil, OAB-MS (Ordem dos Advogados Brasileiros), MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal”, Ongs, escolas, universidades, entre outros. A Pegada Ecológica visa calcular os rastros que os seres humanos deixam no planeta em razão dos hábitos de vida e consumo.

A audiência pública proposta pelo presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente da Câmara de Campo Grande, vereador Eduardo Romero (PT do B) irá se pautar em dois eixos. O primeiro é voltado para explicar o que é a pegada ecológica, para que serve, e estimular sobre o consumo de cada cidadão. O segundo objetivo é mostrar que o estudo é uma importante ferramenta de gestão para ajudar o poder público municipal a planejar sua gestão e promover, por exemplo, ações de conscientização da população sobre seus hábitos de consumo e também alertar o setor empresarial/industrial sobre suas cadeias produtivas.

Pegada Global

Os estudos realizados pela GFN (Global Footprint Network), rede mundial responsável pelos cálculos da pegada ecológica, mostram que a humanidade já excedeu bastante essa capacidade. Hoje a pegada ecológica média mundial é 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a biocapacidade disponível para cada ser humano é de apenas 1,8 hectares globais. Isso coloca a humanidade em um grave déficit ecológico de 0,9 hectares globais per capita.

No caso de Campo Grande, os 3,14 hectares podem ser traduzidos em 1,7 planetas. Isso significa que se todas as pessoas do mundo tivessem o mesmo consumo do morador de Campo Grande, seriam necessários quase dois planetas para sustentar esse estilo de vida. Se comparada à média brasileira, Campo Grande tem uma pegada 8% maior que a média nacional, que é de 2,9 hectares globais por pessoa.

Pastagens, agricultura e florestas somam 75% da Pegada Ecológica de Campo. Em classes de consumo, o maior impacto foi na alimentação, com 45%, com destaque para o consumo de carne. O estudo apontou que o consumo de carne de campo grande é 13% maior que a média nacional.