Tayná Biazus e Clayton Neves
Na tarde de hoje, aconteceu na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), uma reunião de produtores onde foi discutido as providências que serão tomadas em relação a índios e produtores.
No mês de junho, o ministro chefe da secretaria geral da presidência da República, veio ao Estado e ordenou que as terras invadidas pelos indígenas fossem adquiridas pela União a preço justo. Essa decisão foi após a invasão da fazenda Buriti. Foi dado um prazo de 45 dias para que o problema fosse solucionado.
Hoje, faz 100 dias desde a vinda do ministro chefe ao Estado e nenhuma providencia foi tomada.
Para o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, não está acontecendo nenhum avanço nas negociações e isso se torna prejudicial, pois as propriedades invadidas são privadas e regulamentadas.
O advogado dos produtores Newlei Umuritiba diz que os produtores não aguentam mais essa situação de ter seus direitos desrespeitados. “Essa reunião é para mostrar a indignação e repudia com o Governo Federal”. Newlei acrescenta que a partir do momento em que os índios perceberam que nada está sendo feito, eles começaram a invadir e não se importar com nada. “ Se for para aguardar respostas finais, que eles aguardem fora das dependências das fazendas. Ninguém quer matar o índio, a polícia vai lá porque ele resiste a lei”, completou Newelei.
Para Dalva Ferreira, proprietária da Fazenda Quitandinha, os índios atropelam, e matam o gado. “Não tenho para quem falar isso, mas acontece diariamente. Já pedi ajuda pra força nacional, mas nada foi feito”.
Os produtores dizem que esperam justiça, e que o governo federal deve atuar quando necessário. A Fazenda Buriti foi a gota d’água, pois há anos o problema acontece.
Foi estabelecido um prazo até 30 de novembro para que sejam feitas negociações. Caso seja ultrapassado o prazo, os direitos vão se fazer valer através de vias judiciais.