19 de abril de 2024
Campo Grande 25ºC

Representante de projeto de proteção aos animais fala sobre o caso dos beagles

A- A+

Alan Diógenes

A invasão de ativistas no laboratório do Instituto Royal em São Roque (SP) para retirar 178 cães da raça beagles do local, ganhou repercussão até mesmo na imprensa internacional. Ontem (27) o programa Fantástico da rede Globo de televisão exibiu uma reportagem completa sobre o caso.

De um lado estão aqueles que defendem os ativistas que afirmam ter agido de uma forma até mesmo radical invadindo o prédio do instituto, para acabar com os maus tratos que os animais sofriam no lugar.

Do outro aqueles que defendem os cientistas que argumentam que para certas pesquisas tecnológicas é indispensável o uso de animais como cobaias para o teste de cosméticos e medicamentos, para depois permitir o uso em seres humanos.

De acordo com a diretora e alguns funcionários do instituto, os ativistas sem autorização invadiram o prédio e roubaram os beagles, e usando de vandalismo quebraram materiais de pesquisa e objetos dos laboratórios. Alguns ativistas estão respondendo na justiça por invasão, vandalismo e roubo dos animais.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) que reapresentará um projeto que institui a lei municipal de proteção e bem estar de animais domésticos no município de Campo Grande, disse em entrevista cedida ao site MS Notícias, que o fato deve ser investigado pensando nos dois lados envolvidos.

“A primeira impressão que tive ao saber do caso, era de que tinha acontecido algum tipo de crueldade com os cães. Mas olhando por outro ângulo, a gente consegue enxergar o outro lado da moeda. Se para não agredir o organismo do ser humano, fosse preciso usar um animal como cobaia, a coisa começa a mudar de figura, temos que pensar no lado do ser humano”, comenta Chiquinho.

Para ele, os cientistas precisam encontrar uma saída que preserve ambos os lados, tanto o dos animais como o do ser humano. “Sempre utilizaram animais nas pesquisas. Mas agora com tanta tecnologia é preciso estudar uma forma para que não os machuque mais”, salienta Chiquinho.

Ainda segundo o vereador, a ação dos ativistas em invadir o instituto Royal foi uma atitude insensata que seguiu de um dos principais instintos do ser humano, o amor. “Aquelas pessoas são apaixonadas por animais a ponto de fazerem essa loucura. Que é uma causa nobre, isso sem dúvida é, mas elas deveriam ter agido com cautela, pensando no principio da legalidade”, diz Chiquinho.